O julgamento do ex-cabo Hércules de Araújo Agostinho e do ex-soldado Célio Alves de Souza, acusados do assassinato de Mauro Sérgio Benedito Manhoso, está entre as 15 sessões do Tribunal do Júri de Cuiabá que serão realizadas em junho. Ambos sentam no banco dos réus dia 29, às 8h. O ex-chefe do jogo do bicho em Mato Grosso João Arcanjo Ribeiro (preso em Campo Grande), também denunciado pelo crime, teve o processo desmembrado e não enfrentará júri popular nessa oportunidade. O crime ocorreu em 9 de outubro de 2000, por volta das 18h30, na rua desembargador Ferreira Mendes, próximo à Câmara Municipal. Hercules e Agostinho são acusados de serem pistoleiros de Arcanjo.
Consta dos autos que, na data do crime, os denunciados Hércules de Araújo Agostinho e Célio Alves de Souza se dirigiram até o local do crime, onde ficava o escritório Prodados, de propriedade da vítima. Eles utilizavam uma moto, conduzida por Hércules Araújo e com Célio Alves na garupa. Ao perceberem que a vítima saía do escritório e já estava dentro do seu veículo, se aproximaram. Célio Alves, da garupa da moto, efetuou diversos disparos contra a vítima, utilizando uma pistola calibre 380. Manhoso foi atingido por nove disparos e morreu no local.
Conforme os autos, Manhoso era o proprietário da empresa Prodados, cuja atividade era desenvolver sistemas para sorteios eletrônicos e bingos. Nos meses que antecederam a sua morte, estava montando um sistema de jogo denominado ‘raspadinha". A atividade, direcionada para o jogo, não agradou João Arcanjo Ribeiro, que detinha o monopólio dos jogos ilegais no Estado e não permitia que terceiros ocupassem espaço. Para eliminar o concorrente, ele teria contratado o serviço de pistolagem de Hércules Araújo e Célio Alves.
Também serão submetidos a júri popular os réus Cleverson Patrick Ferreira do Carmo, Adriano Pereira de Oliveira e Ézio Rosa da Silva Júnior. O julgamento será realizado no dia 15, a partir das 8 horas. Os três são acusados de matar a menina Ana Carolina Nunes Silva Lima, de dois anos, e tentar matar Alana Neves Pulquério, Valmir Nunes de Oliveira Silva, Maurílio de Abreu e Silva e Abiatar Ferreira de carvalho. Os crimes ocorreram por volta das 20 horas do dia 1º de março, no bairro Dom Aquino, em Cuiabá.
Consta dos autos que os tiros que atingiram as vítimas partiram de cinco homens que estavam em três motocicletas. Esses homens são acusados de fazer parte de uma gangue que agia no bairro. Naquela noite, a mãe deixou a criança no colo do tio e atravessou a rua para comprar um doce pra ela. Os homens passaram atirando e a menina levou um tiro no peito, fatal. As outras vítimas foram socorridas e sobreviveram.