Os 62 presos durante a operação "Saúde", deflagrada esta semana pela Polícia Federal, foram colocados em liberdade pela Justiça. O cumprimento de mandados de busca e apreensão e de prisão ocorreu na segunda-feira contra empresários e funcionários públicos de diversos municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia. No Estado, foram 19 prisões.
Como as provas que a Polícia queria já estão coletadas, a Justiça entendeu que todos poderão aguardar em liberdade pela conclusão do inquérito e depois pelo possível processo.
Os envolvidos eram apontados como suspeitos de participação em esquema que fraudava licitações para compra de medicamentos e equipamentos hospitalares e desviava recursos públicos mediante entrega apenas parcial das encomendas.
A primeira presa a ser colocada em liberdade foi a servidora Michelly Nataly Raizer Dias presa em Mirassol D"Oeste (300 Km a oeste de Cuiabá). Ela conseguiu uma liminar 2 dias após a deflagração da operação.
Operação – As investigações foram iniciadas em 2009 e apontaram a atuação de 3 grupos criminosos distintos, sediados na cidade gaúcha de Barão do Cotegipe. Os grupos envolviam empresas do setor de saúde que agiam em conluio com servidores de várias prefeituras. A operação teve apoio da Controladoria Geral da União (CGU).
Dezenove pessoas foram presas em 12 municípios de Mato Grosso acusadas de fraudarem licitações públicas e desviarem verbas destinadas pelo governo Federal para a compra de medicamentos que seriam distribuídos ao Programa de Assistência Farmacêutica Básica, conhecido popularmente como Farmácia Básica.
Os lucros gerados com as fraudes eram distribuídos entre os servidores e as empresas envolvidas. Nos últimos 2 anos, de acordo com a PF, somente uma das organizações criminosas movimentou cerca de R$ 110 milhões.