Acusado por pelo menos 12 crimes no Nortão e conhecido nacionalmente como “maníaco da lanterna”, Cláudio de Souza volta a sentar no banco dos réus, hoje, em Sinop, para responder as acusações pelo homicídio de Maria de Fátima dos Santos e, pela tentativa contra Wanderley Fingolo Rascado, ocorrida em 25 de janeiro de 2002, em Alta Floresta.
Preso em Cuiabá, no Central do Estado, Claudio, que também tem o apelido de “Peninha”, foi transferido para o presídio Osvaldo Florentino – Ferrugem – e acompanhará o julgamento que deve começar, logo mais, às 8h30, e conduzido pelo magistrado da 1ª vara criminal, João Manoel Pereira Guerra.
O caso, conforme Só Notícias informou, seria julgado em novembro de 2009, em Alta Floresta, porém acabou sendo suspenso para a análise do pedido de desaforamento interposto pela defensoria pública, que apontou receio dos jurados em participar da audiência, devido a presença do acusado. O pedido foi aprovado em outubro do ano passado e o processo transferido para Sinop.
O crime, segundo o processo, ocorreu por volta das 5h30 na avenida Robson Silva, no bairro Cidade Alta. Maria foi morta com tiros e a golpes de caibro (peça de madeira). Réu e vítima teriam se desentendido dias antes, motivando a vingança. Ao perceber o crime, Wanderley, que morava nas proximidades, gritou na tentativa de evitar o ato, porém, o réu teria disparado contra ele.
O maníaco ficou conhecido, nacionalmente, por ter sua história relatada em um antigo programa a nível nacional onde era apresentado os foragidos da justiça e seus casos. Na época, recebeu o apelido por usar uma lanterna para iluminar a escuridão dos locais – normalmente matagais – onde atacavam as vítimas, mulheres e casais.
Ele foi localizado em abril de 2002, quando confessou aos policiais os assassinatos dizendo que ouvia “a voz do demônio”. Em janeiro de 2003, conseguiu escapar junto com outros nove detentos da cadeia de Alta Floresta. Ele voltou a ser preso em abril de 2008 em Alta Floresta, sendo encaminhado para Cuiabá na mesma semana.
A primeira condenação do réu ocorreu em abril do ano passado, pelo crime de porte ilegal de arma. A pena aplicada foi de dois anos de prisão.