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Famílias de mortos na queda de boeing no Nortão discordam de decisão judicial

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O grupo de familiares das vítimas do acidente com Boeing da Gol, que caiu no Nortão, em 2006, deixando 154 mortos, criticou a decisão do juiz federal em Sinop, Murilo Mendes, de converter a pena dos pilotos Joseph Lepore e Jan Paladino a serviços comunitários para instituições brasileiras nos Estados Unidos (onde ambos residem).

De acordo com a assessoria de imprensa do grupo, todos estão “decepcionados e revoltados” com o resultado. O portal Terra informa que Rosane Gutjhar, viúva de uma das vítimas, declara que a justiça não foi feita com a sentença. “Os pilotos vêm ao Brasil, são responsáveis pela morte de 154 pessoas, inclusive do meu marido, e saem ilesos, pois vão cumprir pena comunitária em uma instituição brasileira nos Estados Unidos”, expôs.

Para o advogado assistente do Ministério Público Federal, Dante D”Aquino, “por todas as provas apresentadas, nós esperávamos a condenação total, com a pena máxima em regime fechado. Apesar de a pena ser alta, nada adianta substituí-la por serviços comunitários prestados no seu país de origem”, afirmou.

Os pilotos ou os familiares têm 5 dias para apresentarem recurso e mais 8 dias para as justificativas e argumentos. Se houver recurso, será analisado pelo Tribunal Regional Federal, em Brasília.

Conforme Só Notícias já informou, a sentença do juiz Murilo Mendes foi divulgada, ontem, no início da noite. Ele também condenou os pilotos a não exerceram a profissão durante o período da condenação. Atualmente, um trabalha para uma companha aérea e, outro, para a mesma empresa de táxi aérea. Murilo se baseou na legislação brasileira para converter a pena e considerou que os pilotos eram réus primários.

O magistrado decidiu que “as consequências do crime foram gravíssimas”, aponta que os pilotos ficaram cerca de uma hora sem verificar o painel do jato, sem fazer “as checagens necessárias” e “sem exercer com diligência a função de monitoramento da aeronave”. Lepore e Paladino não checaram, por exemplo, o equipamento anti colisão. O juiz considerou que o tempo sem conferir os equipamentos é suficiente para “percorrer a extensão de um país”. “Uma hora na aviação é tempo de uma eternidade”. Ele sentencia também que “a culpabilidade foi além do que seria normal e, se é que não se pode considerá-la gravíssima, não há exagero algum reputá-la grave”. O magistrado também destaca a imensa dor sofrida pelos familiares dos 154 passageiros e tribulantes mortos, que estavam no boeing. “Não me sinto confortável para fazer considerações maiores sobre a dor dos familiares” e expressa “extremo respeito pelo sentimento de todos”.

A sentença do magistrado saiu poucas semanas após os americanos prestarem depoimentos, por vídeo-conferência.

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