O defensor público-geral de Mato Grosso, André Prietro, anunciará, esta tarde, o apoio jurídico ao Sindicatos dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT) em relação ao movimento encampado pela categoria por melhores condições de trabalho e atendimento à população no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá. De acordo com denúncia do sindicato, exibidas em nível nacional, pacientes são atendidos pelos corredores e até mesmo no chão da unidade de saúde. O Sindimed estima que há 140 pacientes além da capacidade do Pronto Socorro.
Esta tarde, o presidente do Sindicato dos dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (SIPEN), Dejanir Soares, também anunciará o apoio ao movimento. De acordo com a assessoria de imprensa, há uma sinalização por parte dos profissionais da enfermagem de paralisarem as atividades, caso a prefeitura de Cuiabá e a Central de Regulação do Sistema Único de Saúde (SUS) não tomem às providências necessárias para desafogar o fluxo de pacientes e restaurar por completo a unidade.
Conforme Só Notícias já informou, na terça-feira (10), os profissionais da rede pública realizam um manifesto público em “defesa da saúde de Mato Grosso”. O ato aconteceu em frente ao Pronto Socorro de Cuiabá e pretendia chamar a atenção da população e autoridades para a situação caótica denunciada por médicos que trabalham no local.
Em resposta a manifestação dos médicos, a prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria municipal de Saúde (SMS), emitiu nota para explicar a situação no Pronto Socorro. De acordo com o documento, foram realizadas reformas nas áreas de Observação e Acolhimento da Unidade e “está contemplando estas intervenções com a entrega à população da Área Verde e Azul, todas essas componentes das áreas de atendimento de Urgência e Emergência na próxima semana”, destaca.
“Os projetos de reformas dessas unidades estão concluídos, e encontram-se em fase de licitação e execução; a Secretaria municipal de Saúde procedeu na contratação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal junto à rede privada de saúde; a SMS determinou a transferência dos pacientes dessas Unidades para Hospitais recém-contratados no prazo de 72 horas; a SMS determinou a interdição das referidas Unidades imediatamente após sua desocupação; a SMS oficiou ao Ministério Publico acerca dessas medidas, além de outras necessárias a garantia de continuidade dos cuidados aos pacientes que necessitam deste tipo de suporte assistencial; a estimativa de duração da reforma das Unidades interditadas é de 120 dias, a partir da aprovação do projeto executivo”, explicou a prefeitura, por meio de nota.