Os médicos da baixada cuiabana farão, hoje, às 19h, assembleia geral para decidir se entram em greve. São cerca de 400 profissionais que podem se juntar aos 500 médicos que atendem aos quatro hospitais regionais que estão em greve desde o dia 10 deste mês em protesto contra a contratação das Organizações Sociais de Saúde (OSS), para gerir as unidades de saúde no Estado.
Conforme Só Notícias já informou, os médicos dos hospitais regionais de Sorriso, Colíder, Rondonópolis e Cáceres suspenderam as atividades em 70% para os serviços de menores complexidades como consultas e cirurgias simples, inclusive as já agendadas. Os atendimentos de urgência e emergência estão mantidos na totalidade.
Em Sorriso e Colíder, 99 profissionais aderiram ao manifesto. Os dois hospitais atendem pacientes enviados por mais de 25 municípios, em sistema de consórcio (com prefeituras bancando parte das despesas). Em Sorriso, 85% dos atendimentos do hospital são de urgência e emergência, ou seja, os serviços que não estão paralisados por serem considerados essenciais. Já em Colíder, são realizados 80 atendimentos de emergência e urgência diariamente e entre 60 e 80 atendimentos ambulatoriais em média ao dia.
A categoria não aceita o modelo de gestão proposto, que segundo eles, geraria a privatização do setor. Pela proposta do atual secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry, as Organizações de Saúde, que são entidades filantrópicas credenciadas pelo Ministério da Saúde, administrariam as unidades hospitalares com custos em média de 30% menores. O secretário disse que o modelo implementado em unidades de saúde de todo o Brasil tem resultados mais do que satisfatório e lembrou que o setor que conduz é dinâmico e exige mudanças constantemente para atender as reais necessidades da população de uma maneira em geral.