Um grupo, composto por dez entidades, realiza em abril, em Nova Canaã do Norte, o primeiro encontro "Direitos da População Atingida por Barragem" tendo foco principal em 50 famílias que serão afetadas com a construção da Hidrelétrica Colíder. Um representante da coordenação nacional dos Movimentos dos Atingidos por Barragens (MAB) deverá participar do evento.
O representante regional do MAB, Claudemir César Correia, explicou, em entrevista ao Só Notícias, que serão esclarecidos os impactos que a usina trará e os direitos das famílias. "Esta é a usina que se encontra no processo mais adiantado. Mas, se perguntar para um morador de Colíder, se ele sabe dos impactos, falará que é uma grande obra. Porém, não tem noção dos impactos. Não soube muito das audiências, porque foi tudo muito rápido", disse.
Claudemir lembrou que na década de 70, foi intensificado no Brasil o modelo de geração de energia a partir de grandes barragens, e com isso "muitas pessoas ficaram desalojadas".
Conforme Só Notícias informou, a empresa paranaense que vai operar pelos próximos 30 anos a Hidrelétrica Colíder, Copel, autorizou neste mês, o início do empreendimento em Nova Canaã. Um consórcio formado por cinco empresas executará a obra. O investimento estimado é de R$ 1,57 bilhão, com capacidade de gerar 300 megawatts, suficiente para atender a demanda de 850 mil habitantes. O início da produção comercial está programada para janeiro de 2015.