Acusado por pelo menos 12 crimes no Nortão, Cláudio de Souza, que ficou nacionalmente conhecido como Maníaco da Lanterna, volta a sentar no banco dos réus. Desta vez, no dia 20 de maio, em Sinop, onde responderá as acusações pelo homicídio triplamente qualificado de Maria de Fátima dos Santos, ocorrido em 2001.
O caso seria julgado em novembro de 2009, em Alta Floresta, porém acabou sendo suspenso para a análise do pedido de desaforamento interposto pela defensoria pública, que apontou receio dos jurados em participar da audiência, devido a presença do acusado. O pedido foi aprovado em outubro do ano passado, conforme Só Notícias informou, e o processo transferido para Sinop.
O processo está tramitando na primeira vara criminal sinopense. O júri está programado para começar às 8h30 e será presidido pelo juiz João Manoel Pereira Guerra. O réu aguarda o julgamento no presídio Central do Estado (antigo Pascoal Ramos), em Cuiabá, onde está preso desde 2008.
O Maníaco ficou conhecido, nacionalmente, por ter sua história relatada em um antigo programa a nível nacional onde era apresentado os foragidos da justiça e seus casos. Na época, recebeu o apelido por usar uma lanterna para iluminar a escuridão dos locais – normalmente matagais – onde atacavam as vítimas, mulheres e casais.
Ele foi localizado em abril de 2002, quando confessou aos policiais os assassinatos dizendo que ouvia “a voz do demônio”. Em janeiro de 2003, conseguiu escapar junto com outros nove detentos da cadeia de Alta Floresta. Ele voltou a ser preso em abril de 2008 em Alta Floresta, sendo encaminhado para Cuiabá na mesma semana.
A primeira condenação do réu ocorreu em abril do ano passado, pelo crime de porte ilegal de arma. A pena aplicada foi de dois anos de prisão.