Dois policiais militares foram excluídos do efetivo matogrossense pelo Comando Geral da Polícia Militar. Um estudante do Curso de Formação Militar também foi retirado do quadro. O motivo é ” bem da disciplina do serviço ativo”. O soldado Renzo de Amorim Firme, lotado no Comando Regional Norte (CR 3), está entre os exonerados. O militar foi preso em flagrante, em 9 de outubro de 2007, em Vila Rica, pelo crime de corrupção passiva.
A PM aprendeu uma motocicleta por falta de documentos e e a encaminhou para o quartel onde permaneceria no final de semana antes de ser entregue ao Ciretran. Um dia antes da prisão do soldado foi constatado que a moto já não estava no local, sendo noticiado por Renzo que o proprietário esteve no quartel para pegar alguns objetivos pessoais que ficaram na moto, como chaves e ferramentas, e que “talvez teria sido responsável pelo desaparecimento do veículo” já que o soldado teve, em um momento, se ausentar para fazer a resenha do serviço.
No mesmo dia foi encontrado e preso o proprietário da moto. Ele disse que havia furtado o veículo no descuido do militar e que teria repassado para um outro homem, que levou a moto para o Estado do Pará. Durante as investigações, uma testemunha afirmou onde a moto estava e acusou o militar de cobrar R$ 300 para liberar o veículo.
O outro dispensado é o soldado Luis Antônio da Silva Pereira, que estava lotado no Comando Regional 1. Ele é apontado, na portaria, de ser um dos autores do homicídio de Deivisom Rosalino de Siqueira de Ferro, ocorrido em 11 de maio de 2000, na região da Ponte de Ferro, em Cuiabá.
A vítima, juntamente com outra pessoa, foi surpreendida pelo soldado e mais dois ex-militares, sendo um a paisana, que agrediram com tapas no rosto e fizeram ameaças de morte. As vítimas foram levadas até a Ponte de Ferro, onde tiveram as algemas retiradas e acabaram baleadas. Deivisom morreu no local e a segunda vitima (hoje já falecida), foi atingida no pé e conseguiu fugir.
Na ocasião, dois militares foram identificados pela segunda vítima. Já Luiz, que acompanhou a seção de reconhecimento de pessoa a paisana, não foi indiciado em inquérito policial militar, no entanto, acabou denunciado por um dos militares indiciados cerca de setes anos depois do crime. O período, segundo publicação, foi por medo de represálias. Antes de denunciar o militar, o ex-oficial gravou a confissão de Luis.
O último excluído foi o aluno oficial do Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar, Gleison Dias dos Santos que, em maio do ano passado, colidiu o veículo que conduzia, uma Fiat Pálio, em um posto de iluminação pública na avenida Getúlio Vargas, em Cuiabá, possivelmente alcoolizado. Não houve exames confirmando que o aluno havia ingerido bebida alcóolica, no entanto, o suspeito ao ser detido apresentou outras características comportamentais que destacavam os sinais de embriagues.
Todos exonerados poderão recorrer da decisão na Justiça.