Os médicos da rede estadual de Saúde decidiram, em assembleia geral, realizada ontem à noite decretar greve por tempo indeterminado a partir do dia 10 (quinta-feira). De acordo com a categoria, o principal motivo para esta manifestação é a proposição do secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry, de mudar o modelo de gestão da área em Mato Grosso, com Organizações Sociais (OS) responsáveis pela área.
A decisão atinge cerca de 500 profissionais em todo o Estado. Na assembleia ficou decidido que os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos em sua totalidade. Nos serviços de menores complexidades como consultas básicas, por exemplo, a categoria manterá 30% dos profissionais atuando para atender a população mato-grossense.
A categoria não aceita este novo modelo de gestão, que segundo eles, geraria a privatização do setor. Pela proposta de Henry, as Organizações de Saúde, que são entidades filantrópicas credenciadas pelo Ministério da Saúde, administrariam as unidades hospitalares com custos em média de 30% menores. O secretário disse que o modelo implementado em unidades de saúde de todo o Brasil tem resultados mais do que satisfatório e lembrou que o setor que conduz é dinâmico e exige mudanças constantemente para atender as reais necessidades da população de uma maneira em geral.
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