“Barril de pólvora”. Assim uma funcionária da Associação dos Produtores Rurais da Área Suiá-Missú (Aprosum) definiu o clima, esta manhã, no Posto da Mata, em Alto Boa Vista, na Terra Indígena Marãiwatséde, que deve ser desocupada pelos não-índios, conforme decisão judicial.
Os moradores continuam o bloqueio na BR-158 e na MT-242, entrada para as cidades de Alto Boa Vista e São Félix do Araguaia. O congestionamento é grande e não há previsão de liberação dos trechos. Segundo a Aprosum, as aulas no colégio ainda não foram suspensas e os cerca de 800 alunos compareceram nas salas, apesar do “clima ruim” e da insegurança. A desintrusão será por etapas.
Conforme a Aprosum, moradores da zona rural já foram notificados. A retirada terá início pela área com propriedade de grande porte e menos povoado. Depois, é a vez das áreas com maior concentração de pessoas.
Nesta manhã, um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal sobrevoou a região. Equipes da Força Nacional e do Exército se encontram em uma base em Alto Boa Vista, a cerca de 28 quilômetros do Posto da Mata. Algumas famílias vivem na região há mais de 20 anos.