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Acidente com boeing da Gol que caiu no Nortão completa 6 anos

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A segunda maior tragédia da história da aviação brasileira completa, hoje, seis anos. Familiares das 154 vítimas ainda buscam respostas e pedem por justiça pelo acidente entre o boeing da Gol, que fazia o voo 1907 e se chocou com o jato Legacy, pilotado pelos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, que caiu em uma mata fechada na região de Peixoto de Azevedo (200 km de Sinop). Todas as 154 vítimas estavam no boeing. Os pilotos do Legacy, que transportavam sete pessoas, conseguiram pousar e ninguém se feriu.

Foram abertos dois processos criminais, ainda na época do acidente, um administrativo e outro criminal. O controlador de voo, sargento Jomarcelo Fernandes Santos, foi o primeiro a ser punido, porém, somente em 26 de setembro de 2010 foi condenado, na primeira instância da Justiça Militar, a um ano e dois meses de prisão por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Segundo a acusação, o militar "agiu com imperícia durante a execução de sua tarefa na função de controlador de voo, ao não tomar medidas necessárias para evitar a batida entre as duas aeronaves".

O sargento é um dos cinco controladores de voo citados no processo criminal, os outros quatro foram absolvidos. Apesar da condenação, o sargento continua em liberdade, em decorrência a um benefício chamado "sursis", previsto no Código Penal Militar, aplicado a penas inferiores a dois anos.

Os pilotos americanos foram condenados pela Justiça Federal de Mato Grosso, em 2011, a quatro anos e quatro meses de detenção no regime semiaberto. Porém, na ocasião, o juiz federal substituto da Vara Única de Sinop, Murilo Mendes, determinou a substituição da pena pela prestação de serviços comunitários e a proibição do exercício da profissão. A decisão gerou indignação por parte dos familiares das vítimas, e a "Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907" entrou com recurso contra a pena, defendendo a prisão dos dois pilotos, até agora, em vão.

Pelo processo administrativo, os pilotos foram autuados pela Anac por três motivos: voaram em espaço aéreo de separação vertical reduzida sem autorização, e desligaram o transponder e o equipamento TCAS II, impedindo assim, que o avião da Gol percebesse que o jato estava na rota errada e causaria a colisão. Porém, mesmo com essas provas, os processos continuam parados e os dois pilotos continuam voando, um pela American Airlines e outro pela Excel Aire, desde 60 dias após o acidente.

Uma nova audiência deve ser marcada em breve, em segunda instância, para novo julgamento dos pilotos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino. Para a Associação de Familiares e Amigos, a esperança é que desta vez, os culpados sejam presos e cassados permanentemente, para evitar outras tragédias como a que ocorreu há seis anos atrás.

Indenizações
A empresa Gol já pagou indenizações para a maioria das famílias das vítimas do acidente. No entanto, para receber o dinheiro, a família é obrigada a assinar uma cláusula desistindo de todos os processos relacionados ao acidente.

Homenagem
Na tarde de hoje, às 16h59, horário do acidente, haverá uma homenagem para lembrar as 154 vítimas, organizada pela Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, no "Memorial das Vítimas", no Jardim Botânico de Brasília (DF).

Acidente
O boeing da Gol fazia o voo 1907, oriundo de Manaus (AM) com destino a Brasília (DF). Ao mesmo tempo o jato executivo Legacy vinha de São José dos Campos (SP) em direção a Manaus, onde pousaria para, no dia seguinte, partir rumo ao exterior. A 37 mil pés de altitude, na região de mata próxima ao município de Peixoto de Azevedo, a ponta da asa esquerda do jato Legacy colidiu com o boeing da Gol provocando danos que acarretaram a desestabilização e a queda do avião. O jato Legacy com todos os passageiros conseguiu pousar em uma base na serra do Cachimbo (PA).

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