A empresa responsável pelo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) entre Cuiabá e Várzea Grande iniciaram esta manhã os trabalhos de supressão arbórea na avenida Fernando Correa da Costa, mais precisamente no trevo de acesso ao campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Este é o primeiro local a receber esse tipo de ação, que se estenderá por todo o percurso que totaliza 22,7 quilômetros.
O engenheiro civil e gerente da empresa, Fernando Orsini, explica que o projeto de implantação do modal prevê todo um trabalho de reordenamento paisagístico ao longo do trajeto. "No final, haverá plantio de árvores em número superior ao que está sendo retirado das vias públicas, o que deixará como legado adicional a Cuiabá e Várzea Grande um projeto urbanístico completo", disse.
Do trevo da UFMT estão sendo transplantadas 26 árvores (das espécies bacuri e bocaiúva) para o interior do campus. Em todo o trajeto do novo modal de transporte serão retiradas 2.584 mil árvores, sendo que 250 delas serão transplantadas para outros locais como o campus da UFMT em Cuiabá. Está sendo estudado outro local, também pertencente à instituição de ensino, localizado na rodovia que dá acesso à cidade de Santo Antônio do Leverger.
Do total, 2.384 mil árvores estão localizadas em Cuiabá, sendo que 210 delas serão transplantadas. Em Várzea Grande, serão suprimidas 200 árvores e 40 delas serão transplantadas. "Estamos alinhando com a Infraero a possibilidade de transplantar essas árvores na área do aeroporto", afirma o engenheiro Florestal da empresa, Ricardo Mastrangelli.
Ele explica que as árvores transplantadas possuem relevância ecológica e histórica, como é o caso das plantadas na UFMT, que são características do Pantanal Mato-grossense. Além do trevo da universidade, os trabalhos serão realizados nos próximos dias no trevo da rodovia que dá acesso a Santo Antônio do Leverger, também na avenida Fernando Correa da Costa e no trevo do KM Zero, em Várzea Grande.
Os trabalhos de supressão das árvores é desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, composta por engenheiros florestais, civis e de segurança, além de biólogos. A retirada das árvores será realizada durante o dia e as que possam interferir no trânsito serão tratadas à noite.