A Corregedoria da Polícia Judiciária Civil e o Conselho Superior de Polícia entenderam a necessidade da demissão do delegado Arnaldo Agostinho Sottani, que responde procedimento administrativo por envolvimento com roubo de gado no interior de Mato Grosso e tráfico de drogas na Justiça de Goiás. O desligamento do policial é referente ao primeiro crime, praticado na região do município de Carlinda, envolvendo cerca de 250 cabeças de boi.
O pedido de demissão foi encaminhado para a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e deve ser apreciado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), órgão responsável por orientar o governador Silval Barbosa sobre a legalidade do documento. O desligamento efetivo do delegado do cargo ocorrerá somente se o governador entender como correto. A Corregedoria já havia decidido pela demissão, porém o delegado recorreu ao Conselho Superior, que teve o mesmo entendimento.
Atualmente lotado em Colniza, Sottani entende que o Conselho e a Corregedoria foram imparciais e aplicaram uma pena muito superior a infração analisada. Para o delegado, a medida foi tomada em decorrência do processo que responde em Catalão, interior do estado de Goiás, por tráfico de drogas. Ele foi preso em 25 de outubro de 2010 e solto em fevereiro de 2011 pelo Tribunal de Justiça de Goiás. "A decisão foi tomada em cima da repercussão de outro caso, que não era o julgado no momento".
Sottani acredita que a situação pode ser revertida durante análise da PGE e alega que o procedimento administrativo possui várias irregularidades, como escutas telefônicas sem autorização da justiça. Lembra que é delegado há 10 anos e há 25 trabalha como servidor público, sem nunca ter respondido um procedimento.