A paralisação das atividades dos servidores federais, iniciada segunda-feira, em todo o país, atingiu três órgãos em Mato Grosso até o momento. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado (Sindsep), profissionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já estão de braços cruzados. Já na Universidade Federal, os professores estão mobilizados há pouco mais de um mês. Os técnicos e demais servidores, há cerca de uma semana. A confirmação foi feita pela assessoria.
Nesta quarta-feira, as repartições ligadas ao Ministério da Fazenda, como Receita, Superintendência de Administração (SAMF) e Secretaria do Patrimônio da União também sinalizaram pela adesão na mobilização, após reunião realizada entre sindicato e profissionais, na sede em Cuiabá. Ainda segundo o sindicato, será aguardada a conclusão da série de reuniões com profissionais de diversos órgãos, que deve ocorrer até a próxima semana, para então ser confirmada a quantidade de adesões no movimento.
Conforme Só Notícias informou, as assembleias serão desenvolvidas até a próxima quarta-feira e devem envolver profissionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, Funasa, Dnit, AGU, DNPM e outros. As reuniões estão previstas para ocorrerem nas sedes dos respectivos órgãos, em Cuiabá e Várzea Grande.
A paralisação foi aprovada por toda da base da Condsef (Confederação Nacional do Serviço Público Federal) e reiterada no congresso do Sindsep-MT. A confederação representa 80% dos servidores do Executivo Federal. Segundo o presidente do Sindsep no Estado, Carlos Alberto de Almeida, a greve é para melhoria da qualidade do serviço público federal e também uma necessidade legítima dos trabalhadores de dialogar com a sociedade sobre os problemas do setor tanto para a população quanto para os trabalhadores.
Além de reajuste salarial, os servidores públicos federais cobram a reestruturação das carreiras antes da realização de novos concursos públicos e protestam contra a Medida Provisória 568, de 2012, em tramitação no Congresso Nacional, que propõe mudança no cálculo dos adicionais de insalubridade e de periculosidade, além de alterar a carga horária de médicos e outras categorias que possuem jornada estabelecida em lei. A categoria reclama ainda a falta de definição de uma data-base.