O Ministério Público Estadual denunciou, por homicídio qualificado, a empregada doméstica Zilda Ferreira da Silva pelo assassinato de sua filha, Rosilda Ferreira da Silva, de 15 anos. O crime, que ocorreu no dia 27 de abril deste ano, no bairro Novo Paraíso, em Cuiabá, foi praticado com golpes de machado, enquanto a adolescente dormia em seu quarto. Também foi denunciado o ex-companheiro de Zilda, Fernando Roberto dos Santos Almeida, por tê-la ajudado a limpar o local do crime.
De acordo com a promotora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, os acusados foram denunciados pelo crime de fraude processual por limparem a cena do crime e trocaram a roupa da vítima, antes de acionar a Polícia e o socorro à vítima. "Os réus mudaram totalmente a cena do crime. Além disso, o machado utilizado foi escondido e, posteriormente localizado, com vestígios de sangue", disse a promotora, que atua no Núcleo das Promotorias Especializadas no Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá.
Consta na denúncia que, no dia 27 de abril, por volta das 3 horas da manhã, a denunciada, "com inequívoca intenção de matar", entrou no quarto onde sua filha dormia e desferiu golpes de machado, que lhe causaram inúmeros ferimentos contundentes na cabeça e laceração da orelha esquerda. "O crime ocorreu mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por meio cruel, dado a forma de execução do homicídio. A vítima foi levada ao Pronto Socorro de Cuiabá, padeceu por mais de 72 horas até vir a óbito em decorrência de traumatismo encefálico", afirmou a promotora.
Caso a denúncia seja aceita pela Justiça, a promotora de Justiça requer que sejam ouvidas seis pessoas como testemunhas no crime de homicídio qualificado, entre elas os irmãos das vítimas e uma vizinha. Já no crime de fraude processual, o Ministério Público requer a oitiva de duas testemunhas.