PUBLICIDADE

"Operador" de fraude na Conta Única é preso e confessa desvios

PUBLICIDADE

Apontado como cooptador dos "laranjas" e operador do esquema que desviou cerca de R$ 13 milhões da Conta Única do Estado, Edson Rodrigo Ferreira Gomes foi preso nesta terça-feira (8). Ele se apresentou aos delegados da Delegacia Fazendária, confessou em depoimento, segundo a Polícia Civil, os desvios e foi enviado para a Polinter, de onde seguiria para uma unidade prisional de Cuiabá.

À delegada Cleibe Aparecida de Paula, Gomes confirmou que era ele o responsável pela montagem das listas com as pessoas que deveriam receber os pagamentos. Para a Polícia Civil, dos 45 envolvidos, ele é responsável por ter cooptado pelo menos 8 pessoas, entre elas o pai, o sogro, a cunhada e a empregada da família.

Do dinheiro desviado, o ex-servidor temporário da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) afirmou ficar com 20%. No entanto, a família de Gomes ostenta um padrão de vida que desperta suspeitas nos policiais. Eles possuem imóveis, um restaurante e um buffet, que serviriam como fachada para o enriquecimento.

Os delegados não confirmaram se em depoimento ele confirmou ser a ex-coordenadora da Conta Única do Estado e "cabeça" do esquema, Magda Mara Curvo Muniz, quem solicitava os pagamentos indevidos e ficava com os 80% restantes.

Além dele, se apresentou a "laranja" Paulinete Auxiliadora Neves dos Santos. No entanto, ela ainda não foi ouvida, apenas enviada para uma unidade prisional do Estado. O advogado de outro acusado, Djalma Moura da Silva, Luiz Carlos Lopes, também esteve na sede da Delegacia Fazendária para acertar detalhes da apresentação. Pelo menos outras 5 pessoas, dos agora 28 foragidos, deverão se apresentar nos próximos dias.

O advogado do ex-servidor, Eustáquio de Noronha Neto, não quis adiantar detalhes do depoimento, alegando que o caso corre em segredo de justiça. Ele explicou que os esclarecimentos prestados por seu cliente auxiliaram as investigações e, mediante o fato de ter se apresentado espontaneamente, pediria a revogação da prisão temporária.

Neto salientou que os outros familiares de Gomes, entre eles o pai, Vicente Ferreira Gomes, e a mãe, Albina Maria Auxiliadora Gomes, deverão se apresentar ainda nesta semana. Como operador do esquema, ele teria desviado, apenas para as contas dos sogros, Agnelo Mariano Filho e Carlotta Donizete G. Mariano, R$ 1,5 milhão.

Habeas Corpus – A apresentação de Gomes ocorreu após a Justiça ter negado habeas corpus para Gomes e seus pais. A decisão de manter a prisão provisória decretada em vigor foi proferida pelo desembargador da Primeira Câmara Criminal, Manoel Ornellas.

Ao menos 45 pessoas estão envolvidas nos desvios, desmantelados após a deflagração da Operação Vespeiro, na última semana. Segundo a Polícia Civil, pagamentos indevidos eram feitos como se as pessoas, sempre próximas aos 7 servidores envolvidos tivessem prestado serviço no Concurso Público da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat). Cada pagamento mensal desviava, em média R$ 10 mil.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE