Os integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) voltaram a bloquear a BR-163, a cerca de cinco quilômetros de Sorriso, desde às 6h, e não confirmaram se vão fazer intervalo de duas horas (período do almoço), como ocorreu na segunda-feira, primeiro dia do protesto. Só passam ônibus com estudantes, carros oficiais do governo, de valor e com pessoas com problemas de saúde, além de ambulâncias. A fila de veículos formada, por volta das 7h, já alcançava cerca de cinco quilômetros nos dois lados.
De acordo com o movimento, a intenção do grupo é realizar o bloqueio total da rodovia até a pauta de reivindicações ser atendida. A Polícia Rodoviária Federal já foi informada e está no local tentando controlar o trânsito e negociar com os manifestantes.
Conforme Só Notícias já informou, ontem, foi realizada uma reunião de quase três horas, entre o superintendente estadual do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Valdir Barranco, e os manifestantes e não surtiu o efeito esperado. Em entrevista ao Só Notícias, um dos coordenadores estaduais do MST, Edilson Almeida, explicou que o instituto não tem recursos para atender as reivindicações deles (regularização de áreas onde famílias foram assentadas em Claudia, Sorriso e União Sul, além de liberação de crédito) e, por este motivo, voltariam a bloquear a rodovia, hoje.
Almeida explicou que o superintendente do Incra tomou ciência dos problemas enfrentados pelos assentados, mas não tem como atendê-los no momento por falta de recursos. Devido a esta previsão negativa, eles vão ficar na BR-163 até o órgão, em Brasília, libere o dinheiro (o valor não mencionado). “Estamos preparados para ficar uma semana ou mais se precisar para conseguirmos as vistorias das áreas e os créditos”, disse Edilson.
A BR-163 foi bloqueada por todo o dia de segunda-feira (16), com liberação apenas na hora do almoço, e também na terça-feira (17). Neste dia, a rodovia ficou bloqueada até às 14h, após promessa de negociação com o superintendente do Incra. Momentos antes da abertura, houve confusão, bate boca e até ameaça de caminhoneiros de romper a barreira.
(Atualizada às 11h33)
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