Detentos, que estão no raio amarelo, iniciaram motim, esta manhã, no presídio Osvaldo Florentino. Eles conseguiram abrir celas e estão no corredor. Por telefone, um preso conversou com os jornalistas, que estão no lado de fora, e afirmou que seis detentos do raio azul foram feitos reféns. Não houve atos de violência até agora. No entanto, eles avisam que não querem a presença da Polícia Militar e cobram para falar com um juiz e também de um representante da imprensa. O presidiário disse que o motim é uma reação as novas medidas adotadas pela direção do presídio.
Os detentos estariam insatisfeitos com as medidas rígidas e pedem a troca no comando. A fiscalização tem sido intensificada para coibir entrada de celulares, carregadores e outros produtos que são proibidos para uso dos reeducandos.
Seriam mais de cem reeducandos protestando quanto a supostas restrições. Outro motivo é que haveria demora na fiscalização, no setor de entrada de parentes, aos domingos, dia de visita. Alguns presos teriam danificados bancos de concretos e há muito barulho.
A direção da unidade prisional ainda não se pronunciou. Neste domingo também teria ocorrido falta de energia elétrica durante o dia e estaria faltando água.
De acordo com o comandante regional da Polícia Militar, coronel Nerci Adriano Denardi, a negociação está ocorrendo e os presos reivindicam a transferência para Cuiabá. No raio amarelo, algumas grades de celas foram quebradas pelos detentos que estão no corredor da área. Por questão de segurança, segundo Denardi, os presos do referido raio estão isolados dos demais.
O presidente da Comissão dos Direitos Humanos, Denovan Izidoro de Lima, foi até o presídio na tentativa de negociar uma solução com os detentos. Até o momento, ele ainda não saiu do local para falar como foi a conversa e como estão as negociações com os presos.
(Atualizada às 16h40)