Mato Grosso liderou, no primeiro trimestre, o índice de alerta de desmatamento e degradação na Amazônia Legal. Números divulgados, hoje, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), com base nas imagens do sistema de detecção do desmatamento em tempo real (Deter), apontam que as áreas de alerta indicadas somaram 329,3 quilômetros quadrados. O Estado é seguido do Pará, que teve 31,01 quilômetros quadrados desmatados; Rondônia, 12,31 quilômetros quadrados; Roraima, 5,64 quilômetros quadrados; Amazonas; 4,53 quilômetros quadrados; Maranhão, 3,24 quilômetros quadrados; Tocantins, 0,86 quilômetros quadrados e Acre, 0,61 quilômetros quadrados.
Os números mostram que em Mato Grosso o índice constatado em janeiro foi de 8,04 quilômetros quadrados, com o expressivo aumento para 285,46 quilômetros quadrados no mês seguinte. Esse incremento foi precedido de uma brusca queda em março, quando atingiu 36,43 quilômetros quadrados. As variações em relação as dimensões dessas áreas, aponta o Inpe, podem ser explicadas em função da coberturas das nuvens, que muda de um mês a outro.
Segundo o instituto, o Deter utiliza imagens de um sensor com resolução espacial de 250 metros, que possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares. No entanto, nem todos os desmatamentos são identificados devido à eventual cobertura de nuvens. A menor resolução dos sensores é compensada pela capacidade de observação diária. “O que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos”, aponta o órgão.
A assessoria do instituto informa que o sistema registra tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas classificadas como degradação progressiva, que revelam o processo de desmatamento na região.