Militares da 7ª Companhia de Bombeiros de Alta Floresta fizeram a inauguração de um poço, com um dia de treinamento em ambiente confinado. O “poço de treinamento” foi construído na área da Companhia pelos próprios bombeiros que se revezaram na tarefa de escavação e colocação de manilhas para a proteção lateral.
O primeiro treinamento ocorreu com simulado de resgate de vítima. “A instrução também serviu para testar um equipamento de retirada de vítimas de poço que foi desenvolvido e construído pela Unidade, todo em ferro, com pontos de ancoragem e engate de multiplicadores de força”, informou o comandante da Unidade, capitão Jomar Cortez.
O aparelho de poço é formado por três peças metálicas (tripé), que possuem encaixe na parte superior, que os mantém unidos, formando uma estrutura piramidal estável. É muito útil para o içamento de cargas, especialmente em poços. Para a sua utilização deve-se adaptar uma talha, cadernal ou moitão, no centro do aparelho para içar a carga, o que permite a utilização do tirfor ou outro equipamento de tração.
Cortez disse que a instrução também serviu para o nivelamento de conhecimentos da tropa no atendimento a esse tipo de ocorrência. “Precisamos aprender trabalhar no espaço reduzido, em combinação com a possibilidade da presença de gases tóxicos ou explosivos, ar insuficiente, e aplicar técnicas de resgate em conformidade com todo o efetivo, isso aumenta a segurança no trabalho e ganho em agilidade”.
Em várias áreas de trabalho existem espaços confinados. Estas áreas são tão pequenas que permitem apenas um trabalho limitado, bem como entrada e saída difíceis. Segundo a definição, espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
Na instrução, foram avaliados os riscos atmosféricos onde a condição em que a atmosfera, no espaço confinado, ofereça riscos ao local e expõem os bombeiros ao perigo de morte, incapacitação, restrição da habilidade para auto-resgate, lesão ou doença aguda provocada por uma ou mais causas.
O cabo BM Marcelino participante do exercício falou da experiência em atividades como essa. “Foi muito proveitosa, uma vez que na maioria das ocorrências, trabalhamos com retirada de animais e pessoas de poço, uma informação que absorvemos para agregar com os companheiros em favor de nossa profissão e da sociedade”.
Segundo o comandante da Regional VII, tenente-coronel Alessandro Mariano, o planejamento de exercícios contempla atividades de Análise e Vistoria Técnica, Mergulho, Pilotagem de Embarcações, Combate a Incêndios Florestais ao longo do ano, com o objetivo de qualificar toda a tropa nas mais diversas áreas de atuação do Corpo de Bombeiros.