Por determinação do Conselho Federal de Medicina (CFM), o cirurgião plástico Samir Kehdi, condenado pela morte de Rosimere Aparecida Soares em 2007 em uma lipoaspiração, vai suspender suas atividades profissionais por 30 dias, a partir de 1º de abril. Apesar da punição no órgão, no processo ético-profissional instaurado para investigar a culpa do médico pela morte da paciente, ser uma suspensão das atividades por um mês, Kehdi diz não concordar com a punição, mas garante que vai cumpri-la.
Ele afirma ter desempenhado de forma correta, dentro das técnicas e padrões médicos, todo o procedimento cirúrgico ocorrido em 22 de dezembro de 2007, que culminou na morte de Rosimere. Após os 30 dias de suspensão, Samir Kehdi retomará o atendimento em sua clínica, em Cuiabá, "primando por prestar serviços da mais alta qualidade aos pacientes, qualidade esta que o levou a atingir a marca de mais de 25 mil procedimentos realizados ao longo de sua trajetória profissional", diz ele por meio de uma nota onde destaca que é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e acumula 32 anos de exercício da atividade profissional.
Entenda o caso
A gerente administrativa Rosimere Aparecida Soares, então com 30 anos, morreu em dezembro de 2007 enquanto era submetida a 6 intervenções cirúrgicas realizadas pelo médico Samir Kehdi em uma clínica no centro de Cuiabá. Kehdi foi condenado, em primeira instância, a cumprir pena de 1 anos e 4 meses, ao recorrer da sentença, teve a punição aumentada para 2 anos de detenção mas revertida em prestação de serviços comunitários. O Conselho Regional de Medicina (CRM) reconheceu que houve imprudência por parte do médico e o puniu em abril de 2011, com censura pública o que não impedia Kehdi de continuar normalmente no exercício da profissão. Agora no CFM foi punido com suspensão de 30 dias em suas atividades como médico.