Os médicos contratados e concursados se reuniram, no final da manhã, na Câmara de Sorriso para oficializar a saída do Hospital Regional de Sorriso. Em plenário, os médicos Reinaldo Turra, Lauro Maiolino (contratados) e Álvaro Colombo (concursado) disseram que não recebem seus salários desde o dia 3 de janeiro, quando foi depositado o salário de outubro. No debate, os funcionários criticaram o tratamento, as incoerências, informações desencontradas e mentiras, tanto da administração, que representa o Estado, quanto do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região do Teles Pires.
Eles reclamam também que ninguém da administração do hospital os procurou para renovar o contrato, que venceu ontem. "Toda a região está sem respaldo do Estado, e foram uma série de tentativas de diálogos, de entendimentos, mas nada foi resolvido. Em uma reunião na capital, os prefeitos chegaram a falar que não aguentavam mais os médicos, mas eles devem pensar que somos nós que atendemos a comunidade, que os elege", disse Turra.
Até agora, nenhum dinheiro foi depositado na conta dos médicos, mesmo assim, ainda há alguns profissionais que se dispõem a voltar a trabalhar caso todo o valor seja restituído. "Tem médicos dispostos, mas depois que for pago o valor integral e que algum representante do Estado firmar um contrato sólido, que se comprometa com a classe", disse Maiolino.
Amanhã à noite, a categoria deve se reunir com representantes do Ministério Público, do Poder Judiciário, da prefeitura e câmara para debaterem o assunto. A presidente do Poder Legislativo municipal, Marisa Netto (PSD), disse que o Legislativo está à disposição para tentar reverter a atual situação dos profissionais. O secretário de Saúde, Ednilson de Oliveira, também esteve presente na reunião.