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Paciente denuncia propina para acelerar cirurgia em hospital de VG

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Um esquema de cobrança de propinas por cirurgias ortopédicas de pacientes atendidos pelo Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, chegou à Polícia e resultou na prisão de um segurança de 48 anos, funcionário de uma empresa privada que presta serviço na unidade. Ele foi preso na tarde de sábado (25), em frente ao Pronto-Socorro de Várzea Grande, quando recebia R$ 500 dos R$ 2,5 mil combinados.

A denúncia foi feita pelo marido da paciente que procurou a administração do Metropolitano, que sugeriu ao homem denunciar o fato às autoridades. O segurança, depois de preso, disse que só se pronunciará em juízo. Depoimentos ainda apontam para o envolvimento de um médico ortopedista, que atua tanto no Pronto-Socorro quanto no Metropolitano. O nome dele foi citado pelo segurança, durante a negociação e pela administração do hospital, que admite que o médico teve empenho em fazer o atendimento, antes mesmo de a guia hospitalar ter sido liberada pela Central Reguladora.

Os fatos que desencadearam na denuncia começaram há uma semana, depois que a paciente sofreu um acidente e teve fraturas na perna esquerda. Segundo o marido, ela recebeu os primeiros atendimentos no Pronto-Socorro, onde foi alertada que teria que entrar para uma "fila de espera", para realização de cirurgia ortopédica. Foi quando surgiu a primeira proposta de cirurgia em hospital particular por R$ 6,5 mil, feita por um porteiro do Pronto-Socorro. Em seguida, o segurança se apresentou e disse que conseguiria a cirurgia por R$ 2,5 mil. O marido concordou e ficou surpreso quando logo depois a esposa foi transferida para o procedimento em um hospital público. Em seguida, passou a receber os telefonemas insistentes do segurança, cobrando a propina.

Ao procurar Sônia Pereira da Silva, gerente operacional do Metropolitano, o marido informou a situação. Ela se passou por uma prima da paciente e falou com Edson, dizendo que iria ajudar a pagar o procedimento e aproveitou para perguntar qual era o médico responsável por ele. Foi quando teve a confirmação do nome do profissional. Foi marcado o
encontro em que ocorreu a prisão, no sábado.

Sônia, em depoimento à Polícia, disse que realmente se lembrava do caso e que o mesmo médico a havia procurado para fazer a liberação da cirurgia. Disse que por ser um procedimento simples, não teria problemas. Dois dias depois foi providenciada a documentação autorizando a cirurgia.

Outro lado – Conforme assessoria da Secretaria Estadual de Saúde o próprio secretário Vander Fernandes acionou a Polícia Civil para apurar o caso. Mas alega que o segurança atua no PS. A reportagem tentou contato com o secretário municipal de saúde de Várzea Grande, Marcos José da Silva, e com o secretário de comunicação Wilson Pires mas não foi atendida. Os telefones fornecidos pelo médico Rafael Curvo são fixos, da Secretaria Municipal de Saúde, que não foram atendidos.

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