O alto índice de materiais ilícitos encontrados nas revistas periódicas realizadas nas celas do Centro de Ressocialização de Sorriso, das tentativas e fugas concretizadas, pesou na hora de decidir, em assembleia, pela instalação de uma câmera de segurança na parte externa da cadeia local. O equipamento é o quarto na cidade, sendo que um está na Praça das Fontes, outra próximo às agências bancárias, ambas na avenida Natalino João Brescansin, no centro da cidade, e a terceira na rua Tangará entre os bairros Industrial e São Mateus.
Representantes de entidades Gabinete de Gestão Integrada (GGI), Conselho Municipal de Segurança Pública (Comsep), entre outros, decidiram no início do mês, por meio do voto, que a quarta câmera seria instalada nas proximidades do Centro de Ressocialização. A ampliação no número de equipamentos de vigilância só foi possível depois que o promotor de justiça, Carlos Roberto Zarour César, destinou para o fundo municipal valores recolhidos referente a multa do não cumprimento de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). O promotor determinou que o dinheiro deveria ser investido em monitoramento, na área da segurança.
Segundo o comandante da Polícia Militar, tenente-coronel Thadeu Firme, a câmera deve inibir fugas do presídio, evitar que pessoas arremessem objetos ilícitos para dentro do pátio, entre outras irregularidades. "A câmera sozinha não faz nada, ela é somente um meio para identificarmos, evitarmos e punir os verdadeiros culpados, mas tem que ter alguém do outro lado monitorando. Mesmo assim, elas têm sido muito úteis, e no caso do Centro de Ressocialização, com certeza em breve vamos ter resultados positivos".
Com cada câmara, o Conselho gasta R$ 1,5 mil por mês, sendo que por ano o orçamento do órgão é de R$ 450 mil, provenientes do fundo municipal. Em novembro do ano passado, uma empresa privada venceu a licitação do serviço cuja taxa mensal é de R$ 1,5 mil por equipamento, sendo que o limite determinado no contrato é de cinco câmeras. Para monitorar, um funcionário foi contratado pelo conselho para atuar no Copom da PM, localizado no 12º Batalhão. Outro policial militar, que foi reintegrado a corporação, também axulia no monitoramento.
Em novembro deste ano, o presidente do Comsep, Sebastião Andrade Filho, conhecido como Pedrinho, quer implantar um projeto apresentado em julho do ano passado. A campanha que visa a permanência e o aumento das câmeras de monitoramento instaladas no município, que serão ampliadas de acordo com a contribuição espontânea de cada morador através da conta de água. Os autores do projeto, em parceria com a Águas de Sorriso, querem oferecer duas opções para contribuir, de R$ 3 ou R$ 10, sendo que o valor será incluso e cobrado juntamente com a conta de água.
A ideia, segundo Pedrinho, depois que o projeto for executado, é contratar mais uma portadora de necessidades especiais para atuar atrás das câmeras, que podem ser giradas em 360 graus.