A greve dos servidores efetivos das Escolas Técnicas Estaduais completa, amanhã, três meses e não tem previsão para terminar. Sem cumprir suas atividades funcionais desde novembro passado, os funcionários públicos alegam que ainda não foram procurados. “A impressão que temos é que o Governo Estadual, devido ao recesso de fim de ano, ainda nem percebeu que a categoria está paralisada. A comunidade escolar, por sua vez, tem sofrido algumas consequências com o movimento grevista por conta da falta de professores de determinadas áreas de conhecimento e pela ineficiência de serviços administrativos devido à falta de servidores”, ressalta a professora Leila Aoyama.
Já para o servidor Gleyson Cezar Leme da Silva, “o governo trata com descaso a categoria da Educação Profissional o que é uma pena, já que é esta categoria que promove a qualificação profissional dos trabalhadores, que vão atender inclusive a demanda para a copa do mundo que o Governo tanto prioriza”.
Para o presidente do sindicato, Valdivino de Souza Barbosa, “a luta ganhou força através de uma ação do Ministério Público Estadual que pede a realização de um novo concurso público para atender nossas escolas”. Indignado, alega ainda que tentou por várias vezes negociar com o Governo, mas nunca obteve uma resposta positiva.
Além de um novo PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) a categoria luta pela realização de um novo concurso público, pela implantação da gestão democrática nas escolas, um programa de qualificação profissional para técnicos e professores e um aumento nos investimentos nas Escolas garantidos por lei.