O Governo Federal prorrogou para quatro meses o prazo para as famílias carentes receberem uma parcela dos recursos públicos. O recadastramento das pessoas beneficiadas pelo Bolsa Família, que era para encerrar dia 30 de novembro, agora vai até 29 de fevereiro. Porém, mesmo com essa decisão do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, os órgãos públicos estão tendo muito trabalho para recolher os dados dos interessados.
Em Sorriso, atualmente, 1.523 famílias recebem o auxílio, que varia entre R$ 70 a R$ 140. Cerca de 30% desses beneficiários ainda não procuraram a Secretaria de Ação Social para se recadastrar. Conforme a coordenadora do programa, Rejane Colaletti, muitas pessoas pensam que, como fizeram o recadastramento ano passado, não precisam fazê-lo novamente. “Em todos os inícios de anos as famílias devem procurar as secretarias para fazer o
recadastramento, para nós mantermos atualizados os dados dos filhos, por exemplo, se estão frequentando a escola, pois estudar é um dos pré-requisitos para receber o recurso. Mas parece que as pessoas esperam cancelar o beneficio para então nos procurar”, explica.
Mas a falta de informação e, até descomprometimento, não é o único empecilho. A declaração de renda também influência na hora de apresentar os dados da família à Secretaria. Como a grande maioria não trabalha com carteira assinada, mas de forma autônoma, é comum encontrar famílias que tenta burlar o sistema, para que a renda calculada pelo próprio sistema do ministério não ultrapasse os R$ 140, limite máximo na renda per capita de uma família.
No ano passado, a Secretaria Municipal de Assistência Social recebeu R$ 178,72 mil que foram distribuídas entre aproximadamente 1,5 mil famílias.