As autoescolas não cumprirão uma norma do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que obriga que os Centros de Formação de Condutores (CFCs) de todo o país ofereçam simuladores de direção veicular, a partir do dia 1º de janeiro. O presidente da associação dos CFCs do município, Cláudio Alves, disse, ao Só Notícias, que o problema é que os fornecedores não têm o equipamento. Ele explicou que já foram formalizados pedidos, porém, só devem chegar a partir de fevereiro. A utilização passa a ser obrigatória durante as aulas teóricas dos candidatos à Carteira Nacional de Habilitacão (CNH).
Na cidade, são pelo menos 7 autoescolas sendo que apenas uma oferece as aulas teóricas. As demais encaminham os alunos para um centro específico, mas nenhum dos dois locais possuem o simulador. Para atender a demanda seriam necessários pelo menos 4. O problema, porém, não se restringe à Sinop. Empresas de Cuiabá e de outras cidades de Mato Grosso ainda não cumprem a regra. Além disso, centros de várias regiões do Brasil continuam sem espectativa de se adequarem.
Devido às dificuldades, representantes da categoria de várias partes do país estiveram, na última terça-feira, com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, em Brasília, e pediram apoio para que a resolução do Contran seja revogada, de modo que não tenham mais a obrigação de oferecer o produto. Além de estar em “falta” nos fornecedores, o custo do simulador é alto, chegando perto dos R$ 33 mil reais, o que também dificulta a aquisição por parte das empresas.
Após a reunião, o presidente prometeu analisar documentos apresentados pelo grupo. Contudo, de acordo com a assessoria do órgão, o Conselho Nacional de Trânsito afirmou, em nota, que a decisão é "irrevogável" e que a mudança já foi adiada uma vez. Além disso, uma pesquisa feita nos Estados Unidos e citada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) diz que o uso do simulador pode reduzir pela metade o número de acidentes nos 24 primeiros meses após a aprovação do candidato na CNH. Diante disso, o caso deve ser estudado.