A Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público do Trabalho, realizou a fiscalização de combate a trabalho escravo em uma fazenda localizada a cerca de 110 km do município de Paranaíta. A investigação começou com uma denúncia e culminou no resgate de oito trabalhadores, dentre eles uma mulher, que laboravam em uma lavra garimpeira de ouro, em situação análoga à de escravo.
Segundo informações obtidas pela PF, os trabalhadores exerciam diversas funções, em condições degradantes de trabalho, e estavam alojados em um barraco de lona, em local de difícil acesso, sem alojamento, refeitório e higiene. No abrigo, ficavam todos os trabalhadores, inclusive a mulher com um filho de cinco anos, sem local apropriado para realizarem as necessidades fisiológicas, tomar banho e fazer refeições. Além disso, não tinham acesso a água potável e dormiam em camas improvisadas com tábuas e em redes, ao relento.
O proprietário da fazenda será autuado e responderá com o pagamento de todas as verbas trabalhistas devidas e indenização pelo dano moral coletivo. Além disso, ele pode responder por crime de trabalho análogo a escravo. A fiscalização aconteceu até quinta-feira passada.