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Parceria entre Brasil e China pode viabilizar ferrovia MT-PA

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Brasil e China podem firmar parceria para a construção da ferrovia que interliga os estados de Mato Grosso e Pará. A aproximação entre os países já foi iniciada. Durante o 1º Seminário Cenários Estratégicos de Mato Grosso, realizado na segunda-feira (2), o deputado José Riva (PSD) entregou ao conselheiro Comercial da Embaixada da China no Brasil, Wang Qingyuan, o projeto da ferrovia e explicou que a parceria seria interessante inclusive em função da proximidade dos dois países, onde os chineses são os principais importadores dos produtos brasileiros.

"Entregamos o projeto de ferrovia em mãos e explicamos a viabilidade dessa proposta, que representa a redenção não apenas de Mato Grosso e Pará, mas é fundamental para o Brasil, pois representará facilmente, o aumento de produção em mais de 30 milhões de toneladas até 2020, ampliando em 50% a produção nacional de grãos e minérios", argumentou Riva.

O parlamentar lembrou que a parceria é facilitada devido à intenção da China em promover investimentos ferroviários no Brasil. "A China quer investir em Mato Grosso e estamos de portas abertas para firmar esse acordo que representa o desenvolvimento do país com a melhoria da logística. Investidores chineses inclusive já haviam nos procurado para manifestar a intenção de construir a ferrovia, assim como americanos, russos, coreanos e árabes", afirmou.

O conselheiro da Embaixada da China no Brasil analisará o projeto de ferrovia MT-PA, mas adiantou que o país tem interesse na parceria para a melhoria da logística brasileira. "Mato Grosso é o estado que mais exporta soja, algodão e milho. Para a China, estreitar os laços é importante. As empresas chinesas tem interesse nos produtos agrícolas, programas de infraestrutura, pois é um país que se destaca na construção de ferrovias e continuará investindo no setor que será fator de desenvolvimento para Mato Grosso que precisa dessa melhoria na logística", garantiu Wang Qingyuan.

Maior investimento do país nas ferrovias e a busca pela melhoria da logística através dos intermodais também foram defendidas pelo diplomata João Carlos Parkinson de Castro, do ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), que mostrou o comparativo entre Brasil e Estados Unidos sobre a infraestrutura. Enquanto o Brasil prioriza o transporte rodoviário com 82 rodovias, 16 ferrovias e apenas duas hidrovias, os EUA optam pelo modal hidroviário (40 hidrovias), ferroviário (32 ferrovias) e 15 rodovias.

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