Denúncias de irregularidades no concurso público para cargos de docentes na Universidade Estadual de Mato Grosso continuam sendo feitas ao Ministério Público Estadual, em Cáceres. Procedimento preparatório sobre possível pessoalidade nas bancas já havia sido arquivado após a instituição reabrir o prazo para recurso até 5 de novembro. Porém, com as novas denúncias sobre irregularidades nas composições das bancas avaliadoras, um novo procedimento preparatório e uma notícia de fato foram instaurados no MPE para investigação. Um inquérito civil também é movido contra o concurso.
O inquérito civil foi movido pelo MP devido ao fato de que a instituição proibiu a entrada do público externo e dos demais candidatos para presenciarem a Prova de Desempenho Didático que será realizada nesta sexta-feira (15), dos aprovados na primeira fase do concurso que aconteceu em 15 de outubro. A Unemat se manifestou acerca da proibição e para garantir a publicidade do certame foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao MPE, e o público poderá presenciar a prova.
Mas, outra denúncia polêmica é referente a composição das bancas avaliadoras, e com documentos que comprovam a relação direta entre uma candidata e uma das presidentes da banca, em Sinop. A Constituição Federal é clara quanto os princípios que devem nortear a administração pública sendo a impessoalidade, a moralidade e a legalidade.
A professora da instituição que ministra aulas de pedagogia no campus de Sinop foi uma das convocadas pela Comissão Especial da Unemat para compor a banca avaliadora para a área de Metodologia de Ensino cuja vaga seria para o Campus de Juara, tendo sido nomeada presidente. É apurado o fato da nota mais alta para esta vaga foi atribuída à candidata que participa do grupo de pesquisa MOPEC da Unemat e é bolsista do PARFOR, dos quais a professora é líder do primeiro e coordenadora do segundo.