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Nortão: MST bloqueia BR-163 pelo 4º dia seguido e fecha desvio

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Integrantes do Movimento Sem Terra (MST) bloquearam a BR-163, esta manhã, no quilômetro 890, a cerca de 30 quilômetros de Sinop, sentido Itaúba. Este é o quarto dia seguido de manifesto e apenas ambulâncias e viaturas policiais podem passar. A Polícia Rodoviária Federal informou, agora há pouco, ao Só Notícias, que os manifestantes não devem liberar a rodovia no horário de almoço. A previsão é desbloquear a pista somente às 18h. No entanto, policiais estão no local e tentam negociar com o MST.

Uma fonte de Só Notícias informou que, ontem à tarde, tentou passar por um desvio, pelo município de Claudia, nas proximidades de um assentamento, para voltar a BR-163 e continuar viagem. Mas tinha “sem terra com foice e facão e tronco de árvore na estrada impedindo a passagem. É vergonhoso isto. Estão atrasando e impedindo de trabalhar muita gente que nada tem a ver com os problemas deles. Eu mesmo fiquei mais de 4 horas parado. O que é mais lamentável é que as autoridades policiais, do Ministério Público e do Judiciário nada fazem”, criticou.

Conforme Só Notícias já informou, o manifesto acaba prejudicando centenas de pessoas que trafegam pela rodovia que liga o Nortão a capital. Caminhões com cargas (algumas perecíveis) ônibus, profissionais liberais e muitos outros acabam tendo atrasos na viagem.

O coordenador do movimento, Marciano da Silva, já afirmou que o manifesto deve seguir até o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) atender as reivindicações. O bloqueio seria para cobrar do Instituto agilidade no cumprimento do acordo firmado, que resultou na suspensão dos bloqueios no final de junho. É protesto também é contra o leilão da usina de Sinop, marcada para hoje, antes que assentados atingidos sejam indenizados.

Uma das definições no acordo feito com o Incra foi a visita de técnicos no assentamento 12 de Outubro para agilização da regularização fundiária. Ela realmente aconteceu, mas, segundo Marciano da Silva, deixou a desejar. “Eles vieram e não ficaram 30 minutos no local. Vimos que tudo vai continuar do mesmo jeito”, destacou. Cerca de 200 famílias residem no assentamento.

(Atualizada às 11h30)

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