O policial militar Jorge Luiz da Silva vai a júri popular por atirar contra o empresário Paulo Roberto Almeida, 50 anos, durante uma blitz realizada na avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá, em maio de 2007. O julgamento será realizado no dia 19 de setembro e o réu responde por tentativa de homicídio qualificada.
A vítima foi atingida por dois disparos na nuca. Paulo afirma que trafegava de moto pela avenida quando viu a blitz e atendeu o pedido do policial para parar. Na sequência, um outro PM que estava na barreira e o reconheceu teria dado ordem para que seguisse. Ele passou por Silva e andou alguns metros, quando ouviu o barulho de disparos e sentiu a nuca "esquentar de repente".
Conforme a denúncia do Ministério Público, o policial sacou a arma e efetuou o disparo contra a vítima, que havia acabado de passar por ele. O empresário encostou a moto, deitou no chão e foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Um fragmento do projétil atingiu uma artéria e foi retirado durante o atendimento no Pronto Socorro de Cuiabá.
O outro ficou alojado no músculo a dois milímetros da coluna cervical. Conforme o MPE, o homicídio não foi consumado por circunstâncias alheias à vontade do policial. O órgão ministerial entende ainda que o crime foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, mediante emboscada. Paulo não esperava a conduta de natureza agressiva do servidor público, em serviço, e os tiros foram disparados quando ó empresário estava de costa.