Após testemunhas deporem, esta manhã, no Fórum de Cuiabá, durante júri popular, o réu confesso de duplo-homicídio, Carlos Henrique Costa de Carvalho, foi chamado para falar. Ele, que havia confessado ter matado Adimárcia Mônica da Silva Alves, 44 anos, e o menino Ryan Alves Camargo, 4 anos, durante audiência de instrução, desta vez negou o crime.
Carlos contou no depoimento que foi ameaçado de morte dentro do presídio para onde foi mandado após prisão e que por medo confessou o duplo-assassinato. Também disse que nunca agrediu Thassya e que foi inclusive ameaçado pelo atual marido da jovem.
Thassya Alves da Silva, 25 anos, foi a primeira a depor, no Fórum da capital, contra o ex-namorado. Ela revelou que sofria constantes ameaças e agressões do ex-namorado. Questionada pela defesa do réu, sobre porque não havia denunciado as agressões e mantido medidas protetoras, a jovem disse que sentia medo.
Ela contou ainda que na noite do crime estava na companhia de dois amigos, que compraram bebidas alcoólicas e passaram a noite em um motel. Por volta das 7h da manhã do dia seguinte ao crime, voltou para casa e viu uma aglomeração de pessoas e soube do ocorrido.
Cerca de 200 pessoas compareceram ao Fórum e acompanham o júri popular. Os populares se aglomeram dentro e fora do Fórum e um pequeno tumulto se formou. Juíza Mônica Catarina Perri Siqueira preside o júri. Sete homens foram escolhidos para formarem o júri popular. Uma mulher que também faria parte do júri foi dispensada por problemas de saúde.
O crime causou grande comoção popular e foi praticado por ciúmes da ex-namorada Thassya Alves da Silva. Carlos, que é réu confesso do duplo-homicídio, é julgado por assassinato triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas).
Crime – no dia 11 de novembro do ano passado, Carlos invadiu a casa de Adimárcia, no bairro Dom Aquino, e após discussão esfaqueou e matou a mulher. Em seguida, ateou fogo na casa. Ele procurava por Thassya.
O menino, que viu o assassinato da avó, foi levado até a ponte Júlio Muller, no Porto, e jogado no rio Cuiabá, onde morreu afogado.