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Excesso de exposição na internet oferece perigo, adverte tribunal

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“Fui viajar, volto em dez dias”. Alguém já viu ou pendurou uma faixa assim na porta de casa? Com certeza esta não é a conduta de segurança patrimonial adotada pela população, porém a mesma preocupação não é tomada quando o assunto é a exposição da vida pessoal nas redes sociais. O hábito de postar tudo o que faz, onde está, com quem sai e por fotos a todo momento na internet representa um risco grande a segurança pessoal, que a maioria dos internautas não consegue avaliar.

A avaliação do perigo é feita pelo coordenador Militar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, coronel Wilson Batista, que destaca ainda o cuidado necessário para evitar a exposição de assuntos do local de trabalho, o que pode gerar uma situação desagradável e até mesmo punitiva.

Coronel Batista comenta que a invasão das redes sociais no cotidiano das pessoas levou alguns à falsa sensação de popularidade, quando na verdade a ferramenta foi criada para garantir a facilidade nos relacionamentos, como encontrar e manter contato com amigos e família. “Com essa necessidade de sentir-se popular, as pessoas acabam esquecendo regras de segurança e disponibilizam todas as informações da vida pessoal na internet”.

A falta de cuidado com a postagem de fotos, comentários e aviso dos locais onde está deixa o internauta exposto às pessoas que não têm boas intenções, que estão na rede buscando alvos fáceis para prática de crimes como falso seqüestro, seqüestro-relâmpago, furtos, roubos, entre outros crimes. “Antes de postar, a pessoa tem que pensar se realmente quer que aquilo seja de conhecimento público. Depois que vai para internet, não tem volta. E muitas vezes um comentário desnecessário, ou uma foto que não devia estar ali podem causar um estrago grande na vida pessoal ou de outros”.

O coronel Batista orienta que o trabalho do criminoso é cometer delitos e ele se dedica a isso. Como as redes sociais são fontes de informação, tudo o que é disponibilizado vira “munição” para quem deseja fazer o mal. “Se você avisa onde está, com quem está e põe foto do momento, o bandido consegue saber tudo o que você está vivendo naquele hora, até mesmo que roupa está vestindo. Isso é oportuno para ele agir. Pode dar o golpe do falso seqüestro, pode te esperar nas imediações do bar para te assaltar, ou qualquer outro crime que deseja. O próprio internauta desencadeia uma série de oportunidades para ser vítima”.

Para evitar problemas de segurança, o coronel aconselha aos internautas a terem critérios no momento de formar a rede de amigos, aceitando somente pessoas conhecidas. Lembra que é melhor ter um grupo pequeno, porém de pessoas confiáveis a ter centenas de contatos desconhecidos. Outra medida importante é não disponibilizar contatos telefônicos, e-mails e números de documentos na página, além de evitar o constante anúncio dos locais freqüentados.

Outros riscos – Gerente de Segurança da Coordenadoria de Tecnologia da Informação, Danyllo Carvalho lembra ainda que além do risco pessoal, algumas condutas podem ocasionar na disseminação de pragas e vírus na rede e no computador, além de aumentar a possibilidade de ser vítima de fraudes.

Para evitar essas situações, o gerente aconselha ao usuário não clicar em links desconhecidos, que abrirão outras páginas. Se não tiver confiança, não acesse. Lembra ainda que a TI do TJMT não solicita, em hipótese alguma, informação de login e senha dos funcionários. Portanto não devem ser fornecidos nessas situações, pois pode tratar de tentativa de fraude.

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