A greve dos agentes penitenciários atinge 65 unidades prisionais em Mato Grosso. Em Sinop, são cerca de 700 pessoas no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, sendo que a capacidade é de 350. De acordo com o representante do Conselho Deliberativo Estadual, no município, Divino Carlos Diolindo, os profissionais que trabalham armados foram mantidos 100% e 30% dos desarmados, o que representa oito servidores por plantão. “O trabalho dentro de uma penitenciária sempre é tenso e até o momento está como de costume”, disse, ao Só Notícias.
Os servidores não estão recebendo presos, compras, também não há visitas, banho de sol, atendimento aos advogados, escolta e assistências penais (educacionais, laborativas, religiosas). Os agentes realizam apenas os serviços de alvarás, entrega de alimentação, medicamentos, escoltas emergenciais, ronda e vigilância.
Os profissionais iniciaram a greve por tempo indeterminado, na sexta-feira, e decidiram descumprir uma liminar do desembargador Rondon Bassil Dower Filho, para manter 70% do efetivo. O presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), João Batista, disse, por meio de assessoria, que não devem cumprir a determinação também ao que se refere a garantia de atendimento aos advogados, sol e visitas. “Todos os servidores públicos tem direito a greve e nós sempre tomamos o maior cuidado de fazer nossas mobilizações dentro daquilo que é legal, dentro do nosso direito”.
Conforme Só Notícias já informou, a greve, por tempo indeterminado, teve início após os servidores rejeitarem a proposta do governo de 5% de reposição salarial para o ano que vem e 5% para 2015. Em Mato Grosso, são cerca 2,2 mil servidores divididos entre agentes penitenciários, assistentes e profissionais de saúde de nível superior, entre médicos, psicólogos, dentistas e outros.
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