O Poder Judiciário de Mato Grosso irá inaugurar no dia 12 de agosto um Centro Integrado de Segurança que reunirá as imagens do circuito interno de televisão do Tribunal de Justiça, do Fórum da Capital e de mais nove comarcas de entrância especial e terceira entrância. Segundo o coordenador militar do TJ, coronel Wilson Batista, a ação faz parte de um Plano Estratégico para proporcionar maior segurança para os servidores e magistrados.
Isso porque somente no Fórum da capital circulam diariamente 5,5 mil visitantes, 4 mil pessoas no Fórum de Várzea Grande e 1,5 mil nas dependências do TJ. “Diante do grande fluxo, por mais que haja a presença de policiais militares é de fundamental importância investimentos em recursos tecnológicos e o Centro Integrado vem para facilitar este monitoramento”, destaca o coronel.
Esta é apenas uma das inúmeras ações que estão sendo implementadas desde o mês de março, quando o desembargador Orlando Perri assumiu a presidência do TJMT. Conforme coronel, elas foram pensadas muito antes da juíza Glauciane Chaves de Melo ser assassinada pelo seu ex-marido Evanderly de Oliveira Lima dentro de seu gabinete no Fórum de Alto Taquari.
No TJ e no Fórum da Capital ninguém entra mais sem apresentar documento e fazer um cadastro com foto na recepção, porque neste ano catracas foram espalhadas por todas as entradas e saídas dos prédios. As unidades já têm mais de 60 câmeras de vídeo. No caso de servidores, a entrada é liberada automaticamente com a leitura da digital.
A medida de precaução já resultou na prisão de dois homens que estavam com mandado de detenção em aberto, um por não ter cumprido a prisão semi-aberta e outro por violência doméstica. Ela também permitiu detectar rapidamente um princípio de incêndio no pátio do fórum e conseguiu agir a tempo evitando danos maiores.
No mesmo dia da inauguração do Centro Integrado será lançada a campanha “Fique Seguro” que visa conscientizar o servidor sobre a necessidade de cumprir medidas de segurança e de controle de acesso às dependências da instituição. Isso porque há registros de servidores utilizando o polegar para dar acesso a outras pessoas, o que pode comprometer a segurança de todos.
O próximo passo será a instalação de câmeras e portas com detectores de metais em comarcas do interior. O processo licitatório já está em andamento.