A Justiça Federal de Mato Grosso realiza, esta tarde, em Cuiabá, a primeira audiência de instrução e julgamento no processo que investiga as causas do acidente em que nove pessoas morreram após a chalana “Semi Tô à Toa” afundar nas águas do Pantanal, em 2008.
Cinco anos depois a embarcação permanece no fundo do rio e as famílias das vítimas reclamam que sem o resgate, não há como concluir o inquérito policial, que tramita na Delegacia de Polícia Civil de Poconé (104 km ao sul de Cuiabá).
Margarida Araújo, irmã de uma das vítimas, Gelson Bastos de Araújo, disse que o governo estadual se comprometeu a retirar a chalana há três anos, após o proprietário da embarcação alegar que não tinha recursos para o serviço. Porém, a empresa contratada alegou inviabilidade para realizar o trabalho.
Outros familiares das vítimas processaram a Marinha por danos morais e materiais. A embarcação não estava autorizada para o transporte dos passageiros.
Acidente
A chalana naufragou no rio Cuiabá na madrugada do dia 9 de março de 2008. Os 22 tripulantes dormiam no momento do acidente. Morreram Gelson Bastos de Araújo, Osmair Ferreira de Freitas, Dair José de Freitas, Ítalo Scarabottolo, José Luiz Gomes Fernandes, Luiz Sérgio Scardelai e Giovane Goes Moreira e as cozinheiras Rosária Cândido da Costa e Gonçalina Marcela da Silva.