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Presidente de tribunal apoia protestos mas critica vandalismo

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O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri, manifestou solidariedade aos protestos que ganharam as ruas do país, assim como as de Cuiabá e interior. “Sem dúvida, o movimento é legítimo. Trata-se de uma prática saudável em regimes sustentados na democracia”. Para o desembargador, o que o Brasil está vivendo nos últimos dias representa um “grito de alerta, um basta à corrupção, ao desvio de recursos públicos e aos maus gestores”. Perri acredita que a mobilização tem como força motriz os elevados gastos do governo com determinadas áreas em detrimento de outras consideradas prioritárias, como a saúde e a educação.
 
“A divisão do bolo cresce em desigualdade gritante. Basta dar uma volta na periferia das cidades para ver que os bolsões de miséria avançam”. O presidente cita o exemplo da própria Justiça, que depende de orçamento para não se distanciar do cidadão. Perri pondera que o diálogo deve prevalecer neste momento, entre autoridades e manifestantes, a fim de se evitar novas situações de confronto.
 
Ele lamenta o fato de vários protestos terem extrapolado a ordem e partido para ações de vandalismo. “Isso não se pode admitir. Não podemos aceitar”. O magistrado chama atenção das lideranças para impedir que “oportunistas” aproveitem da situação e comprometam os objetivos das manifestações. “Quem vai às ruas defender direitos não precisa cobrir o rosto”, argumenta.
 
Perri, que está no comando do Judiciário desde o dia 1º de março, garante que continuará sendo rigoroso e não vai “tolerar a corrupção e desvio de conduta na magistratura. Esta sempre foi a minha linha de trabalho”. O desembargador informou que o Tribunal trabalha nesse sentido, lembrando a criação do Núcleo de Combate aos Crimes de Corrupção e à Improbidade Administrativa (Necco) e o esforço para se cumprir a Meta 18 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que é julgar ainda este ano todos os processos de improbidade protocolizados até dezembro de 2011.

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