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Corregedoria quer demissão de policial acusado de matar músico de Sinop

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A Corregedoria da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso pediu a demissão do investigador K. F. A. após concluir processo administrativo disciplinar, instaurado em fevereiro. Ele está afastado do cargo desde janeiro, depois que a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público, onde o policial é acusado de assassinar o músico de Sinop, Thiago Festa Figueiredo, além de ocultação de cadáver, prevaricação, falsidade ideológica e fraude processual.  O pedido deverá ser apreciado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), órgão responsável por orientar o governador sobre a decisão a ser tomada.

O processo investigou a quebra de deveres do policial e infração penal como “praticar qualquer fato definido como crime previsto de detenção, lançar dolosamente, em registro, arquivo, banco de dados, papel ou qualquer expediente oficial, anotações indevidas e falsas, valer-se do cargo para obter proveito de qualquer natureza, entre outros”.

O relatório final da Corregedoria será encaminhado ao Conselho Superior da Polícia Judiciária Civil, que deve analisar o documento e o recurso da defesa. Em seguida, será emitido um novo parecer para ser enviado à Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).

Na esfera judicial, a audiência de instrução e julgamento, do policial está marcada para o próximo dia 2, em Cuiabá. Serão 18 testemunhas e dois interrogatórios. O advogado do acusado ainda não apresentou defesa.

O crime, conforme Só Notícias já informou, ocorreu, em dezembro de 2011, na capital. Na denúncia, oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE), consta que Thiago, que residia em Sinop, estava de passagem por Cuiabá à caminho de São Paulo, onde deveria passar as férias com a mãe. No entanto, “foi rendido e coagido (pelo investigador), que estava em posse de uma arma, a dirigir até a clínica de desintoxicação, de propriedade de um parente do policial”.

Na clínica foi preparado um coquetel com as seguintes substâncias Levomepromazina, Clorpromizina e Prometazina. O policial teria obrigado o músico tomar a medicação e após o trancado em um quarto. O corpo foi encontrado no dia seguinte.

O investigador é acusado de transportar o corpo de Thiago até a Estrada da Guia – região do Bandeira, em Cuiabá, onde desovou. Com ele a perícia encontrou um um documento de identicação e o carro da vítima, um Fiat Strada.

Segundo as investigações, os extratos bancários de Thiago apontam que ele fez um saque de R$ 5 mil um dia antes de morrer. Os cartões de banco bem como os pertences do músico nunca foram encontrados.

O policial acusado é o mesmo que registrou a ocorrência e fazia isolamento do local, até a chegada da perícia, no dia do crime.

 

 

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