Servidores do Judiciário de Mato Grosso podem suspender a greve, deflagrada dia 13 deste mês, a partir de segunda-feira (3), por uma semana, para que haja avanço nas negociações da pauta de reivindicação. A confirmação é do presidente do sindicato da categoria, Rosenwal Rodrigues, que esteve em Sinop, hoje, e reuniu-se com os profissionais que sinalizaram positivamente para a suspensão.
Rosenwal disse, ao Só Notícias, que “três regiões, Oeste, Médio Norte e Norte, decidiram pela suspensão, mas ainda tenho que ouvir os servidores das regiões de Barra do Garças, Rondonópolis, Cuiabá e Várzea Grande, e o que a maioria decidir vamos levar ao presidente”.
Ele também disse que os servidores querem que um representante de cada comarca acompanhe as negociações. Caso haja a suspensão da paralisação o estado de greve vai continuar. Rosenwal mencionou que caso o presidente não avance no cumprimento das reivindicações a categoria volta a cruzar os braços.
Os servidores reivindicam auxílio alimentação de R$ 900, avaliação das progressões com pagamento já em 2014. Conforme Só Notícias já informou, o Tribunal de Justiça alega que não tem recursos para atender todas as reivindicações dos servidores, como as progressões salariais horizontal e vertical. A corte concedeu reposição salarial de 6,2% retroativos a primeiro de maio, e de cerca de 30% no auxílio alimentação, que atualmente é de R$ 315 (sindicato quer que o auxílio seja de R$ 900).
Segundo o presidente do tribunal, o auxílio alimentação de R$ 900 reivindicados pelo Sinjusmat significaria um impacto de R$ 30 milhões em 2013 (junho a dezembro), de R$ 52 milhões em 2014 e de R$ 55 milhões em 2015.
Com a greve, as comarcas de Cuiabá, Guiratinga, Jaciara, Nova Mutum, Primavera do Leste e Rondonópolis já informaram ao Tribunal que os prazos processuais foram suspensos. Em Sinop, 56 dos 89 profissionais aderiram a greve. Em Alta Floresta, 16 dos 56 pararam de trabalhar. Em Nova Mutum, 90% dos profissionais estão em greve. Em Sorriso, dos 79 servidores, apenas oito aderiram, na terça-feira (21), ao movimento.
Os 30 profissionais em Lucas do Rio Verde trabalham normalmente. O sindicato estima que dos 5,5 mil profissionais, 80% suspenderam as atividades normais.