O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat) deve decidir, na próxima semana, sobre a suspensão temporária da greve para a abertura de negociação com a administração do Tribunal de Justiça. De acordo com o presidente do sindicato, Rosenwal Rodrigues, os profissionais vão se reunir nas comarcas polos. Na segunda-feira (27), em Cáceres, será às 12h; Tangará da Serra, às 14h30; Sinop, às 17h. Na terça-feira (28), Barra do Garças, às 12h; Rondonópolis, às 15h30. Em Cuiabá e Várzea Grande a assembleia será na quarta-feira (29).
Os presidentes do tribunal, Orlando Perri, e do sindicato, Rosenwal, retomaram, ontem o diálogo pelo fim da greve dos servidores, iniciada no dia 13. Perri propôs a suspensão do movimento, afirmando ser este o único caminho para a construção de um acordo.
Conforme Só Notícias já informou, com a greve, as comarcas de Cuiabá, Guiratinga, Jaciara, Nova Mutum, Primavera do Leste e Rondonópolis já informaram ao Tribunal que os prazos processuais foram suspensos. Em Sinop, 56 dos 89 profissionais aderiram a greve. Em Alta Floresta, 16 dos 56 pararam de trabalhar. Em Nova Mutum, 90% dos profissionais estão em greve. Em Sorriso, dos 79 servidores, apenas oito aderiram, na terça-feira (21), ao movimento.
Os 30 profissionais em Lucas do Rio Verde trabalham normalmente. O sindicato estima que dos 5,5 mil profissionais, 80% suspenderam as atividades normais, desde o dia 13 deste mês.
O Tribunal de Justiça alega que não tem recursos para atender todas as reivindicações do sindicato dos servidores, como as progressões salariais horizontal e vertical. A corte concedeu reposição salarial de 6,2% retroativos a primeiro de maio, e de cerca de 30% no auxílio alimentação, que atualmente é de R$ 315 (sindicato quer que o auxílio seja de R$ 900).
Segundo o presidente do tribunal, o auxílio alimentação de R$ 900 reivindicados pelo Sinjusmat significaria um impacto de R$ 30 milhões em 2013 (junho a dezembro), de R$ 52 milhões em 2014 e de R$ 55 milhões em 2015.