O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat) divulgou nota, agora há pouco, confirmando que haverá reunião, amanhã, às 10h, em Cuiabá, entre os servidores e o presidente do Tribunal de Justiça, Orlando Perri. Os profissionais afirmam que “estão unidos e em luta pelos direitos, mas estão e sempre estiveram abertos ao diálogo”.
Ontem, o presidente do sindicato, Rosenwal Rodrigues, se reuniu com o juiz Luiz Otávio Sabóia para tratar sobre a retomada das negociações entre a entidade e o tribunal. Os servidores paralisaram as atividades há 11 dias. Na segunda-feira (20), a justiça declarou ilegal a paralisação e determinou o retorno ao trabalho em até 24 horas. Em resposta, o presidente disse que vai recorrer da decisão.
Conforme Só Notícias já informou, com a greve, as comarcas de Cuiabá, Guiratinga, Jaciara, Nova Mutum, Primavera do Leste e Rondonópolis já informaram ao Tribunal que os prazos processuais foram suspensos.
Em Sinop, 56 dos 89 profissionais aderiram a greve. Em Alta Floresta, 16 dos 56 pararam de trabalhar. Em Nova Mutum, 90% dos profissionais estão em greve. Em Sorriso, dos 79 servidores, apenas oito aderiram, na terça-feira (21), ao movimento.
Os 30 profissionais em Lucas do Rio Verde trabalham normalmente. O sindicato estima que dos 5,5 mil profissionais, 80% suspenderam as atividades normais, desde o dia 13 deste mês.
O Tribunal de Justiça alega que não tem recursos para atender todas as reivindicações do sindicato dos servidores, como as progressões salariais horizontal e vertical. A corte concedeu reposição salarial de 6,2% retroativos a primeiro de maio, e de cerca de 30% no auxílio alimentação, que atualmente é de R$ 315 (sindicato quer que o auxílio seja de R$ 900).
Segundo o presidente do tribunal, o auxílio alimentação de R$ 900 reivindicados pelo Sinjusmat significaria um impacto de R$ 30 milhões em 2013 (junho a dezembro), de R$ 52 milhões em 2014 e de R$ 55 milhões em 2015.