O juiz Luiz Otávio Sabóia reuniu-se, esta tarde, com o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues, e iniciaram as tratativas para a retomada das negociações entre a entidade e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Um novo encontro, onde o presidente do Tribunal Orlando Perri estará presente, será marcada.
A greve dos servidores do Judiciário iniciou dia 13 e ontem foi considerada ilegal pelo desembargador Adilson Polegatto, que julgou o pedido formulado pelo Poder Executivo Estadual. Na ação, o relator do processo concedeu o prazo de 24h para que os servidores, sindicalizados ou não, voltassem ao trabalho. Em caso de descumprimento, o sindicato deverá pagar multa de R$ 20 mil por dia. Rosenwal foi citado e intimado da decisão, ontem, enquanto visitava a comarca de Sinop.
Com a greve, as comarcas de Cuiabá, Guiratinga, Jaciara, Nova Mutum, Primavera do Leste e Rondonópolis já informaram ao Tribunal que os prazos processuais foram suspensos. No Nortão, estão paralisados servidores de Sinop, Sorriso, Nova Mutum e Alta Floresta.
Conforme Só Notícias já informou, o Tribunal de Justiça alega que não tem recursos para atender todas as reivindicações do sindicato dos servidores, com as progressões salariais horizontal e vertical. A corte concedeu reposição salarial de 6,2% retroativos a primeiro de maio, e de cerca de 30% no auxílio alimentação, que atualmente é de R$ 315 (sindicato quer que o auxílio seja de R$ 900).
Segundo o presidente do tribunal, o auxílio alimentação de R$ 900 reivindicados pelo Sinjusmat significaria um impacto de R$ 30 milhões em 2013 (junho a dezembro), de R$ 52 milhões em 2014 e de R$ 55 milhões em 2015.