Poucos profissionais, em Sorriso, paralisaram as atividades. A confirmação é do presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues dos Santos. Dos 79, apenas 8 aderiram, ontem, ao movimento estadual. Na comarca, tramitam cerca de 26 mil ações em 6 varas.
Em Sinop, 56 dos 89 profissionais aderiram a greve. Em Alta Floresta, 16 dos 56 pararam de trabalhar. Em Nova Mutum, 90% dos profissionais estão em greve.
Os 30 profissionais em Lucas do Rio Verde trabalham normalmente. O sindicato estima que dos 5,5 mil profissionais, 80% susperam as atividades normais, desde o dia 13.
Ontem, o presidente do sindicato esteve em Sinop para discutir assuntos referente a greve e decidiram manter o movimento. Na segunda-feira (20), a justiça declarou ilegal a paralisação e determinou o retorno ao trabalho em até 24 horas. Em resposta, o presidente disse que vai recorrer da decisão.
O presidente do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, determinou, ontem, ao juiz auxiliar da presidência, Luiz Octávio Sabóia, que entrasse em contato com o sindicato para retomar as negociações interrompidas com a deflagração da greve. De acordo com a assessoria do tribunal, Sabóia conversou com Rosenwal para marcar um horário a fim de buscar um entendimento quanto à reivindicações feitas pela classe. O sindicalista ficou de responder ao pedido.
Conforme Só Notícias já informou, o Tribunal de Justiça alega que não tem recursos para atender todas as reivindicações do sindicato dos servidores, com as progressões salariais horizontal e vertical. A corte concedeu reposição salarial de 6,2% retroativos a primeiro de maio, e de cerca de 30% no auxílio alimentação, que atualmente é de R$ 315 (sindicato quer que o auxílio seja de R$ 900).
Segundo o presidente do tribunal, o auxílio alimentação de R$ 900 reivindicados pelo Sinjusmat significaria um impacto de R$ 30 milhões em 2013 (junho a dezembro), de R$ 52 milhões em 2014 e de R$ 55 milhões em 2015.