A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região analisa, esta tarde, recurso do Ministério Público Federal que defende a anulação do júri popular que absolveu o empresário Josino Pereira Guimarães, 58 anos. Ele foi acusado de ser o mandante da morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral, encontrado morto no Paraguai, em 1999. Josino foi absolvido em dezembro de 2011, após 3 dias de julgamento.
A apelação será relatada pelo desembargador federal Olindo Menezes. Fazem parte da turma que analisará o recurso os desembargadores I"talo Fioravanti Sabo Mendes e Hilton José Gomes de Queiroz, que preside a turma.
A base do recurso impetrado pela Procuradoria da República está na contradição dos jurados. Apesar de reconhecer que houve o assassinato do juiz e que Josino Guimarães foi o mandante do crime, eles absolveram Josino, que era suspeito de suposto envolvimento em venda de sentenças.
Na época, um dos advogados de defesa do empresário, João Nunes da Cunha Neto, destacou que apesar de conflituosa, a decisão é comum. "Não houve, em nenhum momento, qualquer prova concreta da participação do meu cliente, seja com venda de sentenças ou com o mando da execução do magistrado. A verdade veio, no júri, como a luz do sol", sustentou.