O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso (Sinjusmat) aponta que dos 5,5 mil servidores, cerca de 80% já aderiram a greve. De acordo com o presidente, Rosenwal Rodrigues dos Santos, a adesão ao movimento grevista, iniciado ontem, foi em todas as comarcas, cerca de 50.
Sobre o avanço nas negociações, o presidente declarou que “o tribunal está errado e tem que reconhecer e respeitar os direitos dos servidores”.
A passeata prevista para quinta-feira foi adiada para sexta. Os servidores de todo o Estado devem se concentrar no clube do sindicato, na capital, às 11h.
Em Sinop, conforme Só Notícias já informou, dos 89 funcionários, 56 aderiram a greve. De acordo com o diretor do sindicato, da comarca de Sinop, Gilmar Pandolfo, os procedimentos de urgência e emergência como alvarás de soltura e internações são mantidos. Em Alta Floresta, houve 16 adesões dos 56 servidores.
O Tribunal de Justiça informou que os prazos processuais das ações que tramitam em primeira e segunda instância estão sendo contados normalmente. As publicações do diário da Justiça Eletrônico também continuam normais. O último balanço divulgado indicava que em Mato Grosso havia cerca de 950 mil processos. Em Sinop, 42,7 mil.
Conforme Só Notícias já informou, a greve foi deflagrada por falta de avanços nas negociações salariais. O presidente do tribunal, Orlando Perri, divulgou nota, apontando ser precipitada e “extemporânea a decisão do sindicato em deflagrar greve geral no decorrer de uma negociação”.
Ele frisou que essa “precipitação [da greve] punirá indevidamente e tão somente o jurisdicionado e o cidadão”. Lembrou que “embora esteja há pouco mais de dois meses no comando desta Corte, tem realizado constantes reuniões com membros das entidades representativas dos servidores, demonstrando de forma inequívoca a disposição em manter diálogo permanente e fazer uma gestão pautada na transparência”.
O sindicato quer aumento no auxílio alimentação, de R$ 315 para R$ 900. Sobre a progressão funcional vertical, os servidores apontam que a avaliação de cada servidor, deve ser feita ainda este ano, com a participação efetiva do sindicato e implementação em janeiro do próximo ano. O tribunal propôs realizar as avaliações em três anos (2013, 2014 e 15).
Para a progressão horizontal, por classes, os servidores argumentam que o tribunal deve incluir no orçamento de 2014. Além de “expedição de normativo que contenha as instituições homologadas pelo tribunal para efetivo validação dos cursos de capacitação” e apuração da capacitação. Também para implementação no ano que vem.
O judiciário alega que “não há orçamento para este ano” para atender as reivindicações e “existe a necessidade de apuração da capacitação de cada carreira para a implantação e que o sistema de controle não foi desenvolvido. Além de muitos servidores que não fizeram recadastramento, cerca de 600”.