quinta-feira, 19/setembro/2024
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Advogado está entre 4 presos por negociar sentença para liberar traficantes em MT

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O Ministério Público de Mato Grosso confirmou, há instantes, as prisões do advogado Almar Busnello, o servidor público Clodoaldo Souza Pimentel – assessor de um desembargador- o estagiário de Direito Marcelo Santana, além de Milton Rodrigues da Costa, investigados na Operação Assepsia, desencadeada esta manhã, pelo GAECO (Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado). Busnello está detido no Corpo de Bombeiros em Cuiabá, Pimentel e Costa foram levados à Penitenciária Central de Cuiabá. Marcelo Santana está na Polinter. Está sendo procurado outro acusado que também teve prisão decretada pelo judiciário. Todos os acusados são de Cuiabá.

Segundo o MP, eles são acusados de suposto envolvimento no esquema de venda e compra de decisão judicial, no valor de R$ 1,5 milhão para serem liberados da prisão traficantes da família “Pagliucas”. Os acusados deverão responder pelas práticas de crimes de exploração de prestígio e corrupção ativa, ambos previstos no Código Penal. Foram constatadas, durante as investigações, duas tentativas de suborno junto ao assessor jurídico da Vara Especializada Contra o Crime Organizado.

“Na primeira tentativa, o estagiário e o advogado envolvido no esquema ofereceram R$ 1 milhão para que o assessor jurídico redigisse e submetesse ao magistrado decisão revogando a prisão dos “Pagliucas”. O estagiário teria afirmado, ainda, que já tinha acertado com um desembargador, que confirmaria a decisão em segunda instância”, informa o MP.

“Na segunda tentativa de suborno, no montante de R$ 1,5 milhão, a ação partiu do servidor do Tribunal de Justiça juntamente com os dois beneficiários da quadrilha de traficantes. Eles sugeriram ao assessor do juiz que redigisse decisão de conflito negativo de competência do processo dos “Pagliucas” e submetesse ao juiz, visando, com isso, à ocorrência de excesso de prazo, o que legitimaria a soltura dos réus pelo Tribunal de Justiça. Alegaram que já tinham fechado um esquema com o desembargado e que tal decisão seria mantida”, acrescenta a assessoria do Ministério Público.

Leia ainda

Deflagrada operação contra venda de decisão judicial em MT

 

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