A juíza Maria das Graças Gomes da Costa, da 6ª Vara Civil de Rondonópolis acionou o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) pedindo proteção policial após o carro onde ele estava, juntamente com o marido, o enfermeiro Antenor Alberto de Matos Salomão, 42 anos, ter sido alvo de um atirador na noite desta segunda-feira (1º). O TJ informou, via assessoria, que após o pedido, já foi disponibilizada segurança pessoal para a magistrada por meio da Polícia Militar, contudo, por uma estratégia de segurança, não irá informar quantos policiais ficarão incumbidos de "proteger" a juíza e nem como será a forma de atuação deles.
A magistrada que também anda armada revidou contra o atirador, que acabou baleado, usando um revólver que portava dentro do veículo. Ela e o esposo não ficaram feridos. De acordo com Tribunal de Justiça, a prerrogativa para qualquer magistrado andar armado para defesa pessoal está no artigo 33 da Lei Orgânica da Magistratura, disposto na lei complementar número 35 de março de 1979.
Após o ocorrido, a juíza acionou a Coordenadoria Militar do TJMT e solicitou proteção pessoal. Então o coronel Wilson Batista, que coordena a área Militar do TJ acionou o Comando Regional de Rondonópolis determinando a escolta pessoal para a juíza que já está sendo prestada desde a manhã desta terça-feira. A Polícia Civil acredita que o alvo do atentado era o marido da magistrada, que em outubro do ano passado já havia sido alvo de outra tentativa de homicídio, onde chegou a ser baleado.
De acordo com a Polícia Civil, a tentativa de homicídio ocorreu por volta das 21h quando o casal chegava em casa, no bairro Dom Osório. As informações indicam que o atirador efetuou o disparo na direção do esposo da magistrada. Após o tiroteio, 4 pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no fato. Em ação conjunta das Polícias Civil e Militar foram presos o atirador Rogério Costa de Moraes, 33 anos, seu comparsa Leandro Pereira, 33 anos, Quesia Aparecida da Silva, 37 anos, e Josué Santana de Souza (idade não informada). Os suspeitos foram detidos em Guiratinga e autuados por tentativa de homicídio e formação de quadrilha. O delegado que preside o inquérito, Vinicius Prezotto, pretende solicitar a quebra de sigilo telefônico dos acusados, para descobrir se o crime foi premeditado ou não.
Outro atentado:
Em outubro do ano passado ele já havia sofrido a primeira tentativa de homicídio. O primeiro ataque ocorreu na tarde do dia 30 daquele mês, por volta das 13h, nas proximidades do Rondon Plaza Shopping. Mesmo alvejado por dois tiros ele sobreviveu. Ele conduzia uma caminhonete quando foi surpreendido por dois homens que chegaram em um Gol que estava o perseguindo. Ao ver o veículo interceptado pelos suspeitos, o marido da juíza ainda tentou fugir a pé, mas foi alvejado pelos atiradores que fugiram em seguida.
Dessa vez, informa a Polícia Civil, as imagens de câmeras de segurança das proximidades da casa da juíza serão comparadas com as imagens do atentado anterior, para confirmar se são os mesmos autores do atentado contra o esposo da magistrada. A motivação do crime ainda é investigada.