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Jesuítas em MT se emocionam com escolha do Papa Francisco

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A escolha do cardeal Jorge Mario Bergóglio, o Papa Francisco, também emocionou os jesuítas que trabalham em Mato Grosso, pelo fato de ser a 1ª vez, na história da Igreja Católica, que um papa é da Ordem Jesuítas (Companhia de Jesus). São 18 padres que trabalham em Cuiabá, Sinop, União do Norte, Itaúba e na localidade de Fontanilhas, próximo a Juína. Bergóglio foi ordenado sacerdote, em 1969, pela ordem fundada por Inácio de Loyola, no século XVI e entra para a história como primeiro sumo pontífice, em 473 anos de existência dos jesuítas.

O padre Guido Kuhn, pároco da Santo Antonio (matriz em Sinop), e que já foi Superior Provincial da Congregação dos Jesuítas do Sul do Brasil, analisou que a decisão de Bergóglio em escolher o nome Francisco, tem um grande significado. “Tanto pode ser Francisco de Assis ou Xavier (grande missionário Jesuíta no Oriente) pois ambos tiveram presença marcante na Igreja Católica pelos seus testemunhos por uma vida com despreendimento em relação aos bens materiais”. Guido, que tem mais de 50 anos de vida religiosa, também acredita que o novo papa vai conduzir a Igreja Católica com atenção especial as causas “das pessoas menos favorecidas que não são atendidas pela sociedade” e de forma “mais intensa para o evangelho de Jesus Cristo. Como cardeal, ele demonstrou sua grande humildade e simplicidade usando transporte público na Argentina, fazendo suas próprias refeições”, disse, ao Só Notícias.

O padre Heriberto Hammes, também da Santo Antonio, em Sinop, analisa que a escolha do Papa Francisco é “para nós, para a América Latina, uma maravilha. Não importa a nacionalidade, o importante é que seja o Sucessor de Pedro. E é sinal que, mais uma vez, os cardeais se deixaram conduzir pelo Espírito Santo”, disse, em entrevista ao Só Notícias. Heriberto acredita que o novo papa “vai continuar mantendo esta linha de humildade dando muito atenção aos pobres e, corajosamente, enfrentar erros, a exemplo do que já fez na Argentina. Ele é homem do povo e vai entrar em muitos corações”, definiu o sacerdote, que tem 60 anos de vida religiosa.

O padre João Schneider, que esteve nos últimos 5 anos na paróquia de Nova Trento e no santuário Madre Paulina (SC),  e retornou a Sinop, considera que a escolha de Bergóglio rompe um paradigma que havia na igreja porque o superior dos Jesuítas era chamado de “papa negro” e havia imaginário que Jesuítas estabeleciam, de certa forma, uma concorrência dentro da Igreja. “O papa Francisco mostrou, ontem, em primeiro lugar, que ser papa é ser pastor, ser pai. Primeiro, pediu que o povo rezasse por ele e, depois, abençoou as pessoas. São gestos de quem esta para servir, gestos de humildade e simplicidade confirmados em sua primeira apresentação que foi sem muita pompa, usando cruz de madeira”, analisou.

Ao deixar a Basílica de São Pedro, ontem, após fazer seu primeiro discurso, o papa dispensou a limosine e voltou para seus aposentos no ônibus com os cardeais.

Bergóglio é o papa de número 266 na Igreja Católica e a ordem pela qual se formou tem profundo fundamento de espiritualidade e exercícios espirituais de Santo Inácio, o fundador dos Jesuítas, “que nos levam a buscar e a encontrar a Deus em todas as coisas e onde quer que estejamos buscamos aprender com aqueles que trabalhamos a maneira de nos colocar a serviço deles”. Os Jesuítas em seu trabalho pastoral têm diante dos olhos essa realidade, se colocam a serviço dos pobres para, a partir deles, despertar iniciativas de solidariedade e promoção da justiça.

São 500 jesuítas trabalhando no Brasil e, no mundo, 16 mil.

(Atualizada às 13:42h)

Papa Francisco começa seu papado rezando para Nossa Senhora na Basília de Santa Maria Maggiore (foto: AFP)

Padres jesuítas Heriberto, João e Guido, de Sinop (fotos: Só Notícias/Cleverton Neves)

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